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Fernando Brito: os seis meses de Bolsonaro são uma tragicomédia

"Temos a perigosa brincadeira das arminhas, o sumiço de Queiroz, a safra contínua de laranjas, o palerma da Educação, a ira de Carluxo, o apoplético general Heleno, a mala do pó, a Terra Plana, o Olavo de Carvalho e a obsessão sexual de uma turma que já nem tem espinhas que a justifique", diz o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço

Brazil's President Jair Bolsonaro gestures during inauguration ceremony of the new Education Minister Abraham Weintraub at the Planalto Palace in Brasilia, Brazil April 9, 2019. REUTERS/Adriano Machado (Foto: ADRIANO MACHADO - REUTERS)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - Completam-se hoje seis meses do novo governo, se é que se pode chamar a administração Jair Bolsonaro de nova, de governo e até de administração.

É, mais precisamente, um retrocesso civilizatório, mais ainda porque sucede ao trevoso período Michel Temer.

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Aliás, retomou-o do ponto exato onde este fora abatido pelas gravações de Joesley Batista: reforma previdenciária e privatização desenfreada.

Não é o caso de repassar os acontecimentos grotescos deste semestre, ainda vivos na memória do leitor, de tão insólitos e chocantes que foram e ainda são.

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Nem de repertir que a vida real, na economia e nos serviços à população, estejam afundando sem sinal de estímulos a que se recuperem.

Se o pão escasseia, porém, o circo abunda.

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Temos a perigosa brincadeira das arminhas, o sumiço de Queiroz, a safra contínua de laranjas, o palerma da Educação, a ira de Carluxo, o apoplético general Heleno, a mala do pó, a Terra Plana, o Olavo de Carvalho e a obsessão sexual de uma turma que já nem tem espinhas que a justifique.

Na camada dirigente brasileira (ou na parte dela que ainda não desceu para o clima tosco de churrascão no playground), há um certo espanto com o clima que se instalou no país, mas não o suficiente para entender – ou aceitar – que é preciso dissolver o quadro de anomalias em que mergulhamos e que nos levou ao mais desqualificado quadro que tivemos em todos os poderes da República.

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É refém de sua incapacidade de aceitar um país plural e de compreender que não há, como na década de 60 havia, espaço para que haja crescimento econômico sem que ocorra, ao mesmo tempo, inclusão social e aumento da renda da população e, por isso, como com Vargas, vê Lula como um perigo e não como uma solução, porque até como simples “perigo”, é um antidoto contra políticas recessivas e de desmonte da economia.

Por isso, não percebe ou não valoriza o fato novo que surgiu na vida brasileira, o mais importante destes seis meses.

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As revelações sobre as ilegalidades que moveram a máquina da Lava Jato são a grande oportunidade de sanear, dentro da lei e da atribuição das instituições da Justiça, o pântano de onde emanou o que temos hoje. Sublata causa, tollitur effectus, dizem os juristas e os médicos: retire-se a causa e o efeito cessa.

Não é que não restarão sequelas, estas serão de décadas. Mas estas vão se curando, cicatrizando, como os exantemas em geral desparecem tempos após vencida a infecção que os fez surgir.

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O que se está oferecendo aos brasileiros, ao contrário do que pensam os grupos que foram à rua ontem, não é um “confronto final”, é uma oportunidade de normalização do país.

Porque deste governo, ou lá o nome que se lhe queira dar,  isso não virá.  Jair Bolsonaro se alimenta do ódio e nada diferente disso semeará.

E, portanto, é  só que se colherá.

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