Atraso nas obras da Copa ameaça sustentabilidade dos estádios

Quem diz isto é a Fifa; "Os atrasos nos estádios e a pressão decorrente da necessidade de se construir os estádios de maneira apressada pode levar a certos abusos, como o desrespeito a condições de trabalho e itens de sustentabilidade previstos, que acabam deixando de ser prioridade", afirmou o chefe do departamento de Responsabilidade Social e Sustentabilidade da Fifa, Federico Addiechi, nesta quinta (6)

Quem diz isto é a Fifa; "Os atrasos nos estádios e a pressão decorrente da necessidade de se construir os estádios de maneira apressada pode levar a certos abusos, como o desrespeito a condições de trabalho e itens de sustentabilidade previstos, que acabam deixando de ser prioridade", afirmou o chefe do departamento de Responsabilidade Social e Sustentabilidade da Fifa, Federico Addiechi, nesta quinta (6)
Quem diz isto é a Fifa; "Os atrasos nos estádios e a pressão decorrente da necessidade de se construir os estádios de maneira apressada pode levar a certos abusos, como o desrespeito a condições de trabalho e itens de sustentabilidade previstos, que acabam deixando de ser prioridade", afirmou o chefe do departamento de Responsabilidade Social e Sustentabilidade da Fifa, Federico Addiechi, nesta quinta (6) (Foto: Valter Lima)


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Por Felipe Pontes

RIO DE JANEIRO, 6 Fev (Reuters) - As medidas de sustentabilidade para a Copa do Mundo do Brasil estão ameaçadas pelo atraso na construção dos estádios, o que acaba reduzindo a prioridade das questões ambientais e de acessibilidade ante a necessidade de se concluir as obras com velocidade, disse a Fifa nesta quinta-feira.

"Os atrasos nos estádios e a pressão decorrente da necessidade de se construir os estádios de maneira apressada pode levar a certos abusos, como o desrespeito a condições de trabalho e itens de sustentabilidade previstos, que acabam deixando de ser prioridade", afirmou o chefe do departamento de Responsabilidade Social e Sustentabilidade da Fifa, Federico Addiechi.

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"Certamente o atraso nos estádios e os aumentos nos custos podem de fato causar uma menor atenção a questões de sustentabilidade", disse ele, que chegou a admitir que a execução das ações de sustentabilidade ambiental e de acessibilidade planejadas já teriam sofrido algum impacto, mesmo que mínimo, por causa dos atrasos, explicando que foi preciso pressionar mais.

"Afetou no sentido de que temos que exercer uma pressão muito maior... para que os atrasos não afetem as medidas de sustentabilidade."

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A certificação ambiental dos estádios sob padrões internacionais foi uma condição exigida pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a aprovação dos empréstimos que financiaram as obras de todas as 12 arenas. Para isso, foram adotadas medidas como o aproveitamento de água das chuvas em banheiros e na irrigação do gramado, assim como placas para captação da energia solar, entre outras.

Os responsáveis pela operação dos estádios teriam um ano, a partir da inauguração, para atender à exigência de certificação internacional, segundo informaram os representantes dos estádios ouvidos pela Reuters nesta quinta-feira no Maracanã, onde aconteceu um treinamento sobre sustentabilidade organizado pela Fifa. Caso contrário, estariam sujeitos a sanções previstas nos contratos de financiamento.

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Apenas a arena Castelão, em Fortaleza, o primeiro estádio a ser inaugurado, em dezembro de 2012, conseguiu obter a certificação até o momento, concedida no nível mais básico pelo Leeds, padrão norte-americano sobre edificações "verdes".

Cinco dos 12 estádios construídos ou reformados para a Copa do Mundo ainda serão inaugurados, a pouco mais de quatro meses para a abertura do Mundial, dia 12 de junho, em São Paulo.

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EMISSÕES DE CARBONO

Apesar da adoção pela Fifa e pelo Comitê Organizador Local (COL) de uma política de sustentabilidade muito mais abrangente do que a implantada em Mundiais anteriores, as emissões de carbono no Brasil foram projetadas em 2,72 milhões de toneladas de carbono, de acordo com relatório divulgado pela própria entidade máxima do futebol.

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Pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente mostra que o número está bem acima do 1,65 milhão emitido na Copa de 2010, na África do Sul, onde "as ações de sustentabilidade para o torneio ainda não tinham um caráter integrado como na Copa de 2014", de acordo com Addiechi.

"(No Brasil) você tem emissões que somam muito à pegada de carbono, sobretudo, nesse caso, às viagens internacionais e domésticas", disse ele.

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A metodologia para o cálculo das emissões não incluem as obras nos estádios, e as empresas responsáveis não divulgaram qual seria o impacto das obras em termos de emissão carbono.

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