Odebrecht usa laudo para se livrar de acidente no Itaquerão

Construtora de Marcelo Odebrecht apresentou estudo assinado pelo engenheiro Roberto Kochen, da Geo Company, para negar responsabilidade na queda de guindaste que matou dois operários em novembro; versão contradiz Universidade Federal do Rio de Janeiro, que apontou inadequação na proteção do solo

Construtora de Marcelo Odebrecht apresentou estudo assinado pelo engenheiro Roberto Kochen, da Geo Company, para negar responsabilidade na queda de guindaste que matou dois operários em novembro; versão contradiz Universidade Federal do Rio de Janeiro, que apontou inadequação na proteção do solo
Construtora de Marcelo Odebrecht apresentou estudo assinado pelo engenheiro Roberto Kochen, da Geo Company, para negar responsabilidade na queda de guindaste que matou dois operários em novembro; versão contradiz Universidade Federal do Rio de Janeiro, que apontou inadequação na proteção do solo (Foto: Roberta Namour)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 – A construtora de Marcelo Odebrecht, responsável pelas obras da Arena Corinthians, apresentou nesta quarta-feira laudo assinado pelo engenheiro Roberto Kochen, da Geo Company, para negar responsabilidade no acidente que matou dois operários em novembro.

No dia 27 de novembro de 2013, parte da cobertura metálica do estádio, localizado na Zona Leste de São Paulo, desabou, resultado da queda de um guindaste em um dos lados da arena, atingindo o painel de led que cobre toda a parte externa desse setor.

O engenheiro que comandou o estudo afirma que a Odebrecht fez toda a preparação do solo para receber o equipamento da Liebherr, dona da máquina responsável por colocar a peça metálica que desabou depois da quebra do guindaste. Ele alega que foi usado um software da própria Liebherr para se medir o grau de inclinação do equipamento.

continua após o anúncio

A conclusão contradiz laudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, assinado pelo engenheiro Antônio Carlos Guimarães, que afirma que o afundamento do solo que sustentava o guindaste foi a causa do acidente. Estudo também indica que a proteção do solo, feita como brita, não era adequada para uma máquina que ergue até 1.500 toneladas.

A Odebrecht agora vai encaminhar estudo para a Instituto de Criminalística da Polícia Civil e para o Ministério do Trabalho.

continua após o anúncio
continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247