Fifa nega que Brasil pagou por custos operacionais da Copa

Fifa defendeu-se nesta terça (10) das críticas pelas quais estaria faturando alto com a Copa do Mundo mais cara de todos os tempos, às custas do povo brasileiro; a Fifa disse em comunicado que pagou os 2 bilhões de dólares em custos operacionais do Mundial com dinheiro proveniente da venda de direitos de TV e marketing, e que nenhum centavo de dinheiro do contribuinte brasileiro foi gasto nesse tipo de despesa

FIFA President Sepp Blatter adjusts his glasses as he addresses a news conference after a meeting of the FIFA executive committee in Zurich March 21, 2014. REUTERS/Arnd Wiegmann  (SWITZERLAND - Tags: SPORT SOCCER HEADSHOT) 
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FIFA President Sepp Blatter adjusts his glasses as he addresses a news conference after a meeting of the FIFA executive committee in Zurich March 21, 2014. REUTERS/Arnd Wiegmann (SWITZERLAND - Tags: SPORT SOCCER HEADSHOT) Picture Supplied by Action Ima (Foto: Valter Lima)


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Por Anthony Boadle

BRASÍLIA (Reuters) - A Fifa defendeu-se nesta terça-feira das críticas pelas quais estaria faturando alto com a Copa do Mundo mais cara de todos os tempos, às custas do povo brasileiro.

A Fifa disse em comunicado que pagou os 2 bilhões de dólares em custos operacionais do Mundial com dinheiro proveniente da venda de direitos de TV e marketing, e que nenhum centavo de dinheiro do contribuinte brasileiro foi gasto nesse tipo de despesa.

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O Mundial com 32 países começa na quinta-feira e teve um custo total para o Brasil de 25,8 bilhões de reais (11,6 bilhões de dólares) em investimentos, incluindo estádios, aeroportos, transporte urbano e outros projetos de infraestrutura. Um terço dos recursos foi gasto para construir ou reformar os estádios das 12 cidades-sede.

A Fifa afirmou que foi uma escolha do Brasil construir 12 estádios, em vez de optar por oito ou 10, e que entre os investimentos há projetos de infraestrutura que não são diretamente relacionados ao Mundial, os quais ficarão como legado para o país.

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Muitos brasileiros consideram o montante de dinheiro gasto excessivo para um país em desenvolvimento que possui prioridades mais urgentes, e os críticos alegam que o dinheiro deveria ter sido empregado na melhoria de serviços públicos deficientes nas áreas de saúde, educação e transporte.

Os altos custos causaram desilusão com o principal evento de um esporte pelo qual os brasileiros são apaixonados. Manifestações contra o torneio, como as realizadas durante a Copa das Confederações no ano passado, continuam a ameaçar o andamento do Mundial.

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Parte dos brasileiros acredita que a Fifa transformou a Copa em um grande negócio, ao ponto de obrigar o país a modificar suas leis para permitir a venda de bebidas alcoólicas produzidas por patrocinadores dentro dos estádios.

Outra crítica comum está relacionada ao preço dos ingressos, e a Fifa afirma que há ingressos disponíveis por preços considerados baratos quando comparados a outros eventos esportivos como a Olimpíada, corridas de Fórmula 1 e torneios de tênis.

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A Fifa também negou que tenha exigido isenção fiscal aos seus patrocinadores e a suas atividades comerciais durante a Copa, embora tenha solicitado a flexibilização de regras alfandegárias para importação de materiais necessários para a organização do torneio, tais como computadores, bolas de futebol e outdoors eletrônicos, disse a entidade no comunicado.

A Fifa também rejeitou acusações de que tenha demandado o despejo de pessoas que moravam perto dos estádios construídos ou reformados, ou que tenha afastado vendedores ambulantes dos arredores dos locais de realização das partidas.

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Devido a preocupações de segurança, ambulantes tiveram que se cadastrar para vender somente produtos autorizados ao redor dos estádios, e para isso receberam treinamento e uniformes, disse o comunicado da Fifa.

A Copa do Mundo de 2010 na África do Sul gerou uma arrecadação total de 3,65 bilhões de dólares para a Fifa, incluindo 2,4 bilhões em direitos de transmissão pela TV, mas excluindo a renda da venda de ingressos. Os gastos totais foram de 1,3 bilhão de dólares, de acordo com a Fifa.

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