Prefeituras devem R$ 140 milhões a Casal

Das 77 prefeituras alagoanas atendidas pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) 70 estão inadimplentes; o débito atinge estratosféricos R$ 140 milhões; empresa tenta receber o débito, mas os gestores alegam dificuldades financeiras

Das 77 prefeituras alagoanas atendidas pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) 70 estão inadimplentes; o débito atinge estratosféricos R$ 140 milhões; empresa tenta receber o débito, mas os gestores alegam dificuldades financeiras
Das 77 prefeituras alagoanas atendidas pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) 70 estão inadimplentes; o débito atinge estratosféricos R$ 140 milhões; empresa tenta receber o débito, mas os gestores alegam dificuldades financeiras (Foto: Voney Malta)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Alagoas247 - É alto o número de prefeituras alagoanas que estão em débito com a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal). Do total de 77 que são abastecidas pela empresa, 70 estão inadimplentes, um débito que atinge o montante de R$ 140 milhões. 

As informações foram repassadas pelo diretor-presidente da Casal, Clécio Falcão, durante entrevista à Rádio Gazeta . Segundo ele, a companhia tem tentado negociar com os gestores públicos para receber os valores devidos, mas eles alegam, entre outras coisas, as dificuldades financeiras enfrentadas pelos municípios do estado. 

“Nós temos um problema grave em relação às prefeituras. Esse montante devido pelos municípios, se recebido em um curto espaço de tempo, faria uma grande diferença para a companhia. Estamos tentando negociar para que possamos ter uma capacidade maior de investimentos, mas as prefeituras alegam dificuldades financeiras”, afirma o diretor-presidente da companhia. 

Segundo ele, a inadimplência dos consumidores particulares também tem crescido nos últimos meses. Historicamente, o percentual de débito desses consumidores gira em torno de 10%, mas atualmente esse índice está em cerca de 13%. “Essa inadimplência do particular tem aumentado”, enfatiza Clécio Falcão. 

Reajuste da tarifa 

Durante entrevista, Clécio Falcão também aproveitou para falar sobre o reajuste de 12,41% na tarifa de água, autorizado esta semana pela Agência Reguladora de Serviços de Alagoas (Arsal). Segundo o diretor-presidente o percentual de reajuste solicitado pela companhia foi de 27,68%, mas somente 15,27% tinham sido, inicialmente, autorizados pela agência. Após análise de todas as justificativas apresentadas pela Casal, o restante do aumento solicitado pela Companhia de Saneamento foi autorizado. 

“Esse aumento tarifário que, quando acumulado, chega a 27,68%, foi solicitado desde maio para vigorar em junho. A Arsal aprovou num primeiro momento 15,27% e, a partir daí, exigiu uma série de documentação, como o balanço dos últimos três anos da Casal. Entre as justificativas que apresentamos estão o aumento da folha de pagamento dos servidores e os contratos de prestação de serviços que são impactados pelo IPCA. Após toda a análise, a Arsal concluiu pela legalidade e procedência do nosso pleito”, explica. 

Prejuízos 

Segundo Clécio Falcão, a Casal é uma empresa que vem amargando prejuízos pelo menos nos últimos 30 anos. Segundo o diretor-presidente, a companhia vem pagando, até hoje, dívidas que foram sendo acumuladas porque as tarifas não cobriam todos os gastos. Um exemplo é a construção do emissário submarino, que contou com a contrapartida da companhia parcelada em 36 anos e que, até hoje, vem sendo paga pela empresa. 

“Nossa gestão está visando muito essa questão do equilíbrio financeiro. Estamos tentando reduzir despesas e aumentar a arrecadação”, afirmou. 

Rede coletora 

O diretor-presidente da Casal citou que os problemas de transbordamento de esgoto registrados na capital alagoana são provenientes de uma rede obsoleta, que conta atualmente com um coletor que tem mais de 40 anos. 

Segundo ele, os transbordamentos acontecem, na maioria das vezes, na Bacia da Pajuçara, por conta do grande volume de obras na localidade. O diretor-presidente diz ainda que o problema está no trecho entre as estações elevatórias da Praça Lions e da Praça 13 de Maio, que leva o esgoto para o emissário submarino. 

“O trecho entre essas praças tem um coletor muito antigo, com mais de 40 anos, que já tem um assoreamento muito grande e já não consegues transportar todo o esgoto. A situação foi ficando pior na medida em que outras ligações iam entrando no sistema e nós não conseguíamos mais fazer esse escoamento. Por isso, optamos por fazer um novo coletor”, afirmou.

Com gazetaweb.com

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247