Em AL, 600 presos são transferidos no sistema prisional

Uma operação conjunta da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), transferiu internamente 600 reeducandos do sistema prisional de Alagoas; com apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Polícia de Radiopatrulha (BPRp) e os helicópteros Falcão 2 e Falcão 3, os presos foram transferidos para evitar confrontos  

Uma operação conjunta da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), transferiu internamente 600 reeducandos do sistema prisional de Alagoas; com apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Polícia de Radiopatrulha (BPRp) e os helicópteros Falcão 2 e Falcão 3, os presos foram transferidos para evitar confrontos
 
Uma operação conjunta da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), transferiu internamente 600 reeducandos do sistema prisional de Alagoas; com apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Polícia de Radiopatrulha (BPRp) e os helicópteros Falcão 2 e Falcão 3, os presos foram transferidos para evitar confrontos   (Foto: Leonardo Lucena)


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247, com Gazetaweb.com - Uma operação conjunta da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), transferiu internamente 600 reeducandos do sistema prisional de Alagoas, neste domingo (15). Com apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Polícia de Radiopatrulha (BPRp) e os helicópteros Falcão 2 e Falcão 3, os presos foram transferidos para evitar confrontos. 

De acordo com o secretário da Seris, tenente-coronel Marcos Sérgio, o serviço de inteligência detectou possíveis situações de conflito. "É uma medida proativa, para evitar confrontos como o do Rio Grande do Norte e garantir a segurança dos detentos, dos familiares e dos agentes penitenciários. Cerca de 300 profissionais estão envolvidos na operação", explicou. 

Os detentos foram redistribuídos entre os presídios Cyridião Durval, Baldomero Cavalcanti e Presídio de Segurança Máxima. O Grupo de escolta, remoção e intervenção tática (GERIT/COP) foi acionado para a revista dos detentos e o controle das transferências. Durante a ação, os agentes apreenderam armas caseiras. 

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Mortes na Casa de Custódia 

Após a morte de dois reeducandos na Casa de Custódia, o Cadeião, no último dia 12, o governador Renan Filho (PMDB) disse que a movimentação no sistema prisional de Alagoas está sendo acompanhada pela cúpula da Segurança Pública de Alagoas. Apesar de não ter ligação direta com o ocorrido, o secretário da Seris, informou que a decisão para transferir os presos foi uma preocupação do governador para evitar confrontos e assegurar a tranquilidade nas unidades.

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Os corpos de Alexsandro Neves e de Jonathan Marques Tavares foram encontrados por agentes penitenciários durante trabalho de rotina nos módulos 1 e 2 da Casa de Custódia. 

O delegado Fábio Costa, coordenador da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), informou que as investigações apontam que Jonathan Marques Tavares foi morto pelo reeducando José Hildemar da Cruz Reis, conhecido como "Baiano", que estava preso por homicídio na unidade penitenciária. O motivo seria desavenças que sugiram fora do sistema prisional envolvendo a namorada de Jonathan. 

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Já sobre a segunda vítima Alexsandro Neves Breno, que faleceu no módulo 2, ele disse que o inquérito está em fase de conclusão. Para o delegado Fábio Costa, o homicídio tem a possibilidade de estar ligado à guerra entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).

Sistema prisional em crise

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As deficiências no sistema prisional brasileiro voltaram a ganhar destaque na imprensa nacional após a morte a rebelião em Manaus, no último dia 2 - a rebelião começo no dia anterior - e em Roraima (33) no dia 7.

Nesse final de semana, no sábado (14), 26 detentos morreram na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, após o início de uma rebelião que terminou no domingo (15), dia em que dois detentos morreram no Complexo Penitenciário de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba.

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No último dia 12, dois homens foram mortos na Penitenciária de Regime Fechado em Tupi Paulista, no interior paulista. Um deles foi degolado, segundo informações da Delegacia Seccional da cidade de Dracena. No mesmo dia, dois reeducandos que estavam detidos na Casa de Custódia, o Cadeião, em Maceió, foram mortos. Os corpos apresentam várias perfurações.

No último dia 4, dois presos foram mortos na Penitenciária Padrão Romero Nóbrega, em Patos, Sertão da Paraíba.

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ONG internacional critica o Brasil

Nesta quinta-feira (12), um Relatório Mundial 2017 da Human Rights Watch (HRW), que analisa práticas na área de direitos humanos em mais 90 países chamou a atenção para os assassinatos praticados por policiais (execuções extrajudiciais), dos presídios superlotados e de maus-tratos, inclusive tortura, contra presos no Brasil.

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No documento, com 687 páginas a ONG cita melhorias no País no campo dos direitos humanos, como a expansão das audiências de custódia, que aceleram as decisões judiciais para presos em flagrante, mas faz muitas críticas à condução das áreas de segurança pública e sistema penitenciário, entre outras.

No relatório são destacados o aumento de 85% na população carcerária de 2004 a 2014, chegando a mais de 622.200 pessoas, capacidade superada em 67% no sistema prisional e o déficit de agentes penitenciários. A morte de 99 presos nos presídios dos estados do Amazonas, Roraima e Paraíba este mês entrou no documento.

A rebelião que provocou a morta de quase 60 detentos em Manaus, por exemplo, foi a segunda maior chacina do sistema carcerário brasileiro, provocada por uma briga entre facções criminosas. A primeira aconteceu em 1992, na Casa de Detenção de São Paulo, onde 111 detentos foram assinados após o início de uma rebelião e o consequente confronto com a Polícia Militar.

 


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