Renan reforça, com Lula, aliança entre PT e PMDB

Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) almoçou com o ex-presidente Lula nesta sexta-feira, em São Paulo; "Nossa pauta foi uma pauta ampla, conversar, ouvi-lo. Ele continua muito otimista, acha que as coisas estão indo muito bem, a expectativa dele é total", disse Renan, que espantou os permanentes boatos de desentendimento entre petistas e peemedebistas: "Do ponto de vista da aliança com o PT, nós nunca tivemos um momento assim, tão bom, como esse"    

Renan reforça, com Lula, aliança entre PT e PMDB
Renan reforça, com Lula, aliança entre PT e PMDB (Foto: Ricardo Stuckert)


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Alagoas 247 - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), esteve nesta sexta-feira com o ex-presidente Lula, em São Paulo. O assunto do almoço? "Nossa pauta foi uma pauta ampla, conversar, ouvi-lo, ele continua muito otimista, acha que as coisas estão indo muito bem, a expectativa dele é total", disse o peemedebista ao sair do encontro, realizado no Instituto Lula.

Segundo Renan, o governador Eduardo Campos (PSB) não entrou em pauta no encontro -- o pernambucano é visto como risco permanente à aliança entre PT e PMDB no âmbito federal. "Ele [Lula] é um entusiasta da aliança PMDB-PT, nós também somos", destacou o presidente do Senado. "O PMDB está vivendo um grande momento do ponto de vista da sua unidade. Há um movimento de todas as correntes em torno do vice-presidente Michel Temer. Do ponto de vista da aliança com o PT, nós nunca tivemos um momento assim tão bom como esse", emendou.

Leia destaques da entrevista coletiva concedida pelo presidente do Senado após o encontro com Lula:

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Como foi a reunião?
Renan Calheiros - Eu vim dar um abraço no presidente, conversar um pouco sobre as questões do país e matar as saudades.

Que questões que hoje o país está precisando que o senhor acha necessário discutir com o presidente?
Renan
 - Nossa pauta foi uma pauta ampla, conversar, ouvi-lo. Ele continua muito otimista, acha que as coisas estão indo muito bem, a expectativa dele é total.

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Ele falou alguma coisa do Eduardo Campos?
Renan
 - Não falamos. Ele é um entusiasta da aliança PMDB-PT, nós também somos. O PMDB está vivendo um grande momento do ponto de vista da sua unidade. Há um movimento de todas as correntes em torno do vice-presidente Michel Temer. Do ponto de vista da aliança com o PT, nós nunca tivemos um momento assim tão bom como esse.

Ontem o Paulo Paim (senador, PT-RS), tem o projeto do Paulo Paim da desaposentadoria e ontem vi críticas do governo federal, inclusive uma crítica do Michel Temer que disse que poderia levar o caso para o Senado...
Renan
 - É o seguinte: é que foi votado terminativamente na Comissão de Assuntos Sociais. O regimento prevê que nesse caso pode haver recurso para o Plenário e eu acho que o recurso é bom porque acaba sendo uma oportunidade para que nós possamos discuti-lo profundamente. A concepção que muitos têm é que na desaposentadoria você continuando a trabalhar sem precisar dos proventos da previdência talvez faça economia para a própria previdência, mas só o recurso poderá criar condições para que esse assunto seja pormenorizado, discutido, aprofundado. O recurso nesse caso é uma coisa recomendada.

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O governo falou com o senhor que vai apresentar recurso?
Renan
 - Não. Eu viajei ontem pra cá, soube que o Garibaldi tinha falado, Michel (Temer, vice-presidente), e é por isso que eu acho que o recurso é importante porque ele, sobretudo, cria uma oportunidade para que nós possamos discutir o projeto, aprofundá-lo, levar em conta os argumentos favoráveis, os argumentos contrários,. O Parlamento existe para que essas coisas sejam discutidas.

O senhor não acha que onera mesmo a Previdência?
Renan
 - Eu estou dizendo o seguinte: alguns acham que a sua aprovação implicará custo alto para a Previdência Social. Outros acham que na medida em que você continua trabalhando e pagando a aposentadoria você evita que a Previdência tenha este custo, então vamos ver o que este projeto diz mesmo. Ele foi votado numa comissão, é importante que ele seja, em grau de recurso, votado no Plenário para que nós possamos discuti-lo.

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Presidente, a respeito da criação dos novos tribunais, hoje saiu à notícia com a possibilidade de que o PMDB trabalhe para que este projeto não avance...
Renan
 - A Proposta de Emenda à Constituição não chegou ainda no Senado. Ela foi aprovada na Câmara e nós ainda não a conhecemos em detalhe. O presidente do Congresso tem um prazo para promulgar. O que as pessoas levantam é que pode ter havido na tramitação, em algum momento da tramitação, algum aspecto ter deixado de levar em consideração. Como nós não recebemos ainda a PEC, efetivamente nós não sabemos. Não com relação à iniciativa, nem com a constitucionalidade, eu falo... Alguns alegam que pode ter havido erro formal. Por que falam isso?

Da origem...?
Renan
 - Não, não com relação à origem. A origem remete para essa coisa da dúvida sobre a constitucionalidade ou não. Eu falo que pode ter havido algum erro formal. Tem um precedente e por isso que as pessoas falam sobre isso. A PEC que aumentava o número de vereadores nas Câmaras Municipais não foi promulgada pelo presidente do Congresso Nacional exatamente porque havia um erro formal. Não sei se o caso porque nós não recebemos ainda a PEC.

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Mas o aumento de custos também preocupa o senhor, presidente? Porque há uma preocupação geral...
Renan
 - Claro. Nós temos preocupação com o aumento de custo, com a falta  de planejamento, tem outras propostas de emenda à Constituição criando novas tribunas. Então, a oportunidade de observar tudo isso não é durante a promulgação não, é durante a tramitação, por isso que só não será promulgada se houver erro formal, a exemplo do que aconteceu com a PEC que aumentava o número de vereadores.

Como se o senhor vê esse projeto que está na Câmara que pode limitar o tempo de televisão e o acesso ao fundo partidário para novos partidos? O senhor acha que é realmente necessário?
Renan
 - Eu acho que uma das dificuldades de fazer reforma política é que toda vez que você está pensando em mudar alguma coisa vem alguém e fulaniza. Isso aqui é para prejudicar alguém ou isso aqui é para beneficiar alguém. Isso acaba dificultando o consenso, que não é fácil ser construído internamente no Parlamento.

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O senhor acha positiva a mudança?
Renan
 - Se você continuar permitindo que, ao criar partido, você leve o tempo da televisão, o tempo da campanha e o fundo partidário você acaba estimulando a criação de novos partidos. Então vai votar o fim da coligação proporcional, aí aparece alguém e diz: vai beneficiar o PT, o PMDB. Vai votar o fim do estímulo para criar novos partidos, é contra Fulano, é contra Beltrano, isso só atrapalha a reforma que a sociedade quer e cobra.

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