A luta continua

No Nordeste, Lula da Silva tinha dois xodós e acreditava que seriam as duas grandes renovações que a política brasileira tanto precisava. Um era Marcelo Déda. O outro, Eduardo Campos. Ambos faleceram prematuramente



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No Nordeste, Lula da Silva tinha dois xodós e acreditava que seriam as duas grandes renovações que a política brasileira tanto precisava.

Um era o menino de Simão Dias, seu amigo e compadre Marcelo Déda. O outro, o jovem pernambucano, Eduardo Campos.

Ambos faleceram prematuramente. Déda aos 53 anos, vítima de um câncer gastrointestinal contra o qual lutou bravamente. Campos, vitimado por um acidente aéreo aos 49 anos, cumprindo agenda de candidato à presidência da República.

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Ambos foram eleitos e reeleitos governadores por seus estados em 2006 e 2010.

Déda venceu as duas no primeiro turno, após ter sido eleito e reeleito prefeito da capital sergipana, que com ele recebeu o título de Capital Brasileira da Qualidade de Vida.

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Com Déda, o estado de Sergipe alcançou números incríveis: recorde nacional na geração de empregos com carteira assinada, recorde na produção de leite e milho, aumento do IDH – o maior do nordeste -) e a maior renda per capita do Nordeste.

A descentralização das políticas públicas, a atenção especial aos mais pobres, a valorização da cultura local, a abertura de novas estradas e a construção de pontes, tornou o menor estado da federação em um gigante econômico.

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Sergipe nunca recebeu tantos turistas em toda a sua história.

Eduardo Campos também foi uma figura paradigmática. Neto de Miguel Arraes e seu legítimo herdeiro político, foi Ministro da Ciência e Tecnologia no governo Lula.

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Devido a sua exitosa administração, Eduardo venceu a disputa pela reeleição em seu estado com 82% dos votos válidos.

Com Campos, Pernambuco teve avanços significativos nas áreas de segurança, educação, saúde e na geração de empregos. Eduardo compreendia a importância da cultura pernambucana, nomeou inclusive o grande Ariano Suassuna para a pasta.

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Déda e Campos mantinham fortes laços de amizade. No velório de Déda, no Palácio-Museu Olímpio Campos, na capital sergipana, Eduardo foi enfático: "perdemos um líder." Posteriormente afirmou que Déda foi o maior nome de sua geração.

Déda era o mais forte candidato ao senado este ano. Lula via nele o tribuno que o país precisava, e ali ganharia maturidade para se lançar à presidência em 2018.

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Campos, por sua vez, ganhava musculatura agora para chegar forte em 2018. Foi um pouco afoito demais ao pote e estava meio perdido com a escolha que fez ao lado de Marina Silva.

Apostou no vazio slogan sonhático da nova política e acabou preso às velhas formas pragmáticas, contradizendo-se. Mas nada que comprometesse o seu futuro.

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Ou seja, tudo indica que em 2018 teremos mais do mesmo.

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