Qual é o nome?

Em função do nosso querido e atípico modelo eleitoral facilitar tais comportamentos pouco educativos, as pessoas, diante de tal circunstância, sentem-se no direito de explorarem suas imaginações ao extremo



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1. Qual é o nome?

Definitivamente, algumas coisas neste país não são levadas a sério. Tem uma turma que acha o exercício do mandato popular uma forma genial de se ganhar dinheiro... coisa para se dar bem na vida... um tipo de loteria, porém, muito mais emocionante e embriagante. Em função do nosso querido e atípico modelo eleitoral facilitar tais comportamentos pouco educativos, as pessoas, diante de tal circunstância, sentem-se no direito de explorarem suas imaginações ao extremo com o intuito de conquistar o troféu maior: o voto. Como se não bastassem bizarrices de todas as tonelagens, salta aos olhos a cara de pau de alguns na escolha dos nomes com os quais se apresentam ao eleitorado na infinita esperança em alcançar o endeusado voto.

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2. Nome é tudo!

Dando uma lida em algumas matérias, vi pérolas imperdíveis. Nomes que são a sublime inspiração política. Momento ímpar de marketing divinal. Vamos às alcunhas: Adriana Vaca Brava (RJ); Mauro Bunda (PR)!!! Se temos um "bunda", a sacanagem, para ser completa, precisa ter um Moacir Piroca (SC), Pinto Louco (RR) e um Jorge Perereca (RJ). Há os mais autênticos, do tipo: Zezinho Merda (SP); Homem da Jumenta (TO); Mulher Bambu (RJ); Gretchen Cover (SP). Mas a lista, acreditem, é bem maior do que a ignorância dos mesmos: Clark Crente (PR);... Toninho do Diabo (SP); Emprequete (SE) (????); Cara de Hambúrguer (BA); Mestre Drácula (PR); Pão Torrado (AM); Nego Jibóia (AM); Filho do Padre (PR); Mestre Dejair Canibal (SP); Samuel Coveiro (ES)... para enterrar a corrupção!!!!

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3. Lá em Rondônia

Nossa região também possui seus "valores" inusitados. Lembro-me de uma candidata audaz (e chegou a ser eleita) cujo chamamento era o de levantar a saia e bater na "preciosa" destacando os valores intrínsecos daquela "região". Quanta filosofia e sapiência eram repassadas aos eleitores naquele momento de divulgação política da vulva. Outra, de forma bizarra, ficou famosa por levantar a blusa e mostrar os peitos nos comícios populares. Não se elegeu, mas foi bastante comentada. Por outro lado, temos que admitir o valor social do gesto, pois tais mamilos políticos serviram de inspiração profunda para adolescentes atordoados pelo efeito dos hormônios...

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4. Refletindo

Eu posso me considerar uma pessoa aberta para muitas coisas (outras nem tanto), ainda assim, não deixo de me surpreender com a cara de pau dessa gente. A fragilidade da nossa legislação sobre o papel da representação política produz distorções crescentes. As pessoas não podem pensar em ocupar os espaços políticos como forma de encurtamento de caminho para a riqueza. E é esse processo que está sendo sedimentado na sociedade e no espírito da nova geração.

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5. Não somos republiqueta

O que nos difere das republiquetas africanas (não só) em permanente estado de guerra e caos total é a organização social e política de cada sociedade. Quanto mais frágil a organização social, mais fraca é a região, a nação, o país. Desprezar a organização política é apostar na fragmentação social. Sem ela, tendemos a ficar sujeitos às bizarrices de alguns espertos, cujo papel sempre será o de ver o lado privado, familiar ou grupal. Que tal olhar a história de cada um?

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