São Luís em chamas
São Luís arde, queima, que dói. Não é alarde, mas a sede da Justiça dos bons reinará no final
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Ataques, oh forma cruel de atearem fogo contra seres inanimados, que de tal forma não podem defender-se. Ferir um veículo é como xingar uma estátua, que está ali a fazer nada, apenas a olhar. Por que, por que, por que? Oh crueldade desumana e irracional: bater, ferir, matar, depredar!
Ora, por que a cidade tranquila e bela ilha dos amores, dos poetas e dos cantores, de horrores se transformou? Repitam, por que, por que, por que?
E quem pensou que a realidade desses dias cruéis fossem apenas cenas de filmes, que dispare o primeiro desacato e por que não desagravo?
Não, não é obra da mente fictícia de um sujeito brilhante. É obra de demônios da mais alta periculosidade, da classe desorganizada de princípios e de ações ajustadas e bem elaboradas da pior espécie.
Serão espécimes mais baratas de bicho – homem – irracional em ebulição? Ou baratas de homens-bicho em estado natural de satisfação?
Que saudade da infância querida lá pras bandas da Cândido Ribeiro. Do cortejo divino no centro, das tribos e dos corsários alegóricos e carnavalescos, e seus tambores rufantes na cadência perfeita do ritmo tribal local. Samba, suor, cerveja e alegria. Do que mais precisavam os adultos daquela época que por ali passavam?
Que saudade que eu tinha dos pregoeiros a me despertar quando o sol apenas surgia das nuvens a anunciar o novo dia. "Olha a pamonha... quem quer pamonhaaa? E a Tapioca... quem quer tapiocaaa? Camareruuuu... quem quer camarãouuu? Olha a Pitomba... quem quer pitombaaaa?"
Que pedra, pedrinhas ou pedronas de responsa regueiras que nada! Uma pedreira descontrolada e nervosa, que controla as mentes mais criminosas se encontra ali, bem na entrada da cidade. Oh! Infeliz ideia de local. Não poderia ser pelo menos a mil quilômetros dali?
Parem, vamos pensar, agir e evoluir. Chega de barbarismos sinistros na pequena ilha de Upaon. Chega de malfeitos, feitos dos maus, fogos de bandoleiros ou coisa parecida. É hora da esperança, do controle e da segurança.
Mas e se houver a tal de mudança? Que mudança que nada, é só aquela coisa que não sai do lugar, como a que se viu na desfeitura?
Que mudança é essa bendita que não sai do papel? Por vezes mudar, é tão somente sair do bom pro pior sem nem pestanejar. E quem avaliza que essa tão propalada será plena, boa e até bem falada?
A mudança tem que ser de ações, de longitude, de convicções, não de pessoas. Porque no papel tudo é lindo e funciona, mas na prática nem sempre uma lágrima emociona.
O problema não está na política somente, está na educação e até na condição socioeconômica e psicossocial daquele ser. O psiquê do estado condicional humano, preso, encarcerado em sua razão de viver. E se perguntam: mas por que viver, por que viver? Pensam eles, que é mais simples fazer sofrer, replicando-os aos que já sofrem enjaulados em seu ser.
Não, diga não a aceitação da barbárie. Não à imposição desumana de criminosos que mirabolam formas de desestruturar a sociedade. Não, não aceite, porque não aceito a imposição do meliante. E nunca, jamais, em tempo algum, me aprisionarei em meu, nem muito menos em seu medo.
São Luís arde, queima, que dói. Não é alarde, mas a sede da Justiça dos bons reinará no final. Gostem ou não, queiram ou não! Não, não vão intimidar, porque o bem é mais forte que o mal, e há de imperar.
Chega, que chego, pare, que paro, grite, que grito. Bata, que bato. E com a força dos bons e a espada da justiça, certamente venceremos no final. Viva o povo de São Luís, que vive, viveu e viverá seja em todos os tempos: presente, passado e tão certo no futuro.
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