Nasce uma líder na tentativa de um golpe

Desacreditada dentro do próprio partido e atacada pela direita e esquerda, Dilma aos poucos foi agregando e hoje é a grande referência de todas as forças progressistas

Desacreditada dentro do próprio partido e atacada pela direita e esquerda, Dilma aos poucos foi agregando e hoje é a grande referência de todas as forças progressistas
Desacreditada dentro do próprio partido e atacada pela direita e esquerda, Dilma aos poucos foi agregando e hoje é a grande referência de todas as forças progressistas (Foto: Rubens José da Silva)


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As palavras da presidente Dilma Rousseff após sua reeleição surpreenderam. A frágil oratória deu lugar a um discurso de muita habilidade política. De forma ponderada e direta, a eterna guerreira, que aos 66 anos mantém o mesmo espírito transformador, conclamou todos os brasileiros ao diálogo.

Demonstrando muita serenidade e nenhum rancor contra os adversários, Dilma sai dessa intensa batalha eleitoral como uma autêntica e grande líder nacional. Talvez só Lula tenha enxergado a dimensão dessa mulher. Desacreditada dentro do próprio partido e atacada pela direita e esquerda, Dilma aos poucos foi agregando e hoje é a grande referência de todas as forças progressistas.

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A mulher que deu sua vida por um país menos desigual, que em toda campanha jamais demonstrou fraqueza, e que desde o primeiro debate do segundo turno já havia revelado o destemor e impetuosidade de sua origem brizolista, deixou-nos esperançosos com sua grandeza ao admitir falhas e muito empenho pessoal para as mudanças que todos almejam.

A palavra diálogo era recorrente. Enfatizou o combate à corrupção e ajustes para a economia. Quando abordou a necessidade imediata de uma reforma política foi ovacionada pelo público presente, que, na esperança de vê-la avançar também para a sonhada reforma da mídia, tão urgente num setor altamente concentrado, teve que conter o sorriso ao coro "o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo".

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O momento não pedia maiores confrontos, mas essa conta a presidente deixou claro que irá cobrar. A última canalhice da revista Veja, que em sua milionésima tentativa de derrubar a presidente antecipou sua circulação com uma reportagem bombástica contra Dilma, sem nenhuma prova, pode ter sido a gota d'água. É o que esperamos.

O aloprado desespero de alterar o rumo da eleição, isto é, o crime eleitoral, não se restringe à Veja. A Rede Globo, no sábado, em seus dois telejornais, com a hipócrita desculpa de informar que o protesto de manifestantes na porta da editora Abril feria a liberdade de imprensa, divulgou exatamente a mesma calúnia, apesar do diretor da emissora negar o artifício e ainda afirmar que "a Globo não faz política, faz jornalismo".

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O cinismo e desfaçatez da emissora não pararam aí. Domingo, em uma de suas várias inserções sobre eleições, a repórter informa que o estado de saúde do autor da denúncia, o doleiro e bandido Youssef, que havia se internado às pressas, era estável. Quer dizer, a notícia no contexto do pleito.

O golpe da mídia foi orquestrado. Todos participaram. Por exemplo, na sexta-feira, eram anormais e tremendamente intensas as chamadas comerciais da matéria de capa da Veja na rádio Sul América/Paradiso do Rio de janeiro.

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De acordo com o Manchetômetro, á medida que as eleições se aproximavam, o massacre de toda grande imprensa com matérias negativas para Dilma aumentava.

Porém, a estratégia não vingou. E agora, com Dilma reeleita, todos sorriem para ela. Mas fica o alerta: ao primeiro cavalo que passar pregando o golpe, eles montam em cima sem a menor cerimônia.

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Nota: O programa Roda Viva teve as eleições como tema. Em uma hora e meia, nenhuma menção à criminosa matéria da Veja. Mas os picaretas são os políticos.

 

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