O processo de radicalização da democracia

A hora é essa: da união de movimentos sociais organizados, religiosos, partidos, sindicatos, intelectuais, e a sociedade em geral em torno de uma agenda social progressista

A hora é essa: da união de movimentos sociais organizados, religiosos, partidos, sindicatos, intelectuais, e a sociedade em geral em torno de uma agenda social progressista
A hora é essa: da união de movimentos sociais organizados, religiosos, partidos, sindicatos, intelectuais, e a sociedade em geral em torno de uma agenda social progressista (Foto: Chico Vigilante)


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É isso que o Partido dos Trabalhadores quer. Uma sociedade organizada e participativa com mais peso neste governo que a política de alianças existente anteriormente dentro do Congresso.

A palavra de ordem politizar e mobilizar a população, aprovada em resolução do partido no final de 2014 já surtiu seus efeitos.

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As articulações para a formalização de uma nova frente de esquerda, de caráter nacional, formada pelos principais movimentos sociais brasileiros, centrais sindicais e partidos políticos de esquerda, já estão adiantadas.

O documento do PT de 2014 apontava para a necessidade de se "compor uma ampla frente onde movimentos sociais, partidos e setores de partidos, intelectuais, juventudes, e sindicalistas possam debater e articular ações comuns, seja em defesa da democracia, seja em defesa de reformas democrático-populares".

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É exatamente o que está acontecendo. A frente de esquerda pretende atuar no Congresso pela aprovação de agenda progressista, como a reforma política, por exemplo, e nas ruas em contraponto às manifestações direitistas que pedem a volta do governo militar.

A força popular da frente de esquerda que se forma é clara. Entre seus líderes estão nomes de peso como o de Guilherme Boulos, dirigente do MTST, e o do ex-presidente Lula, que fez declarações públicas sobre a necessidade de ser retomado o trabalho de mobilização dos movimentos sociais e partidos da esquerda no país.

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Outra mobilização similar se faz sentir, há cerca de um mês, por parte de intelectuais de esquerda em torno de uma agenda progressista vista como necessária neste momento da vida brasileira.

O Fórum 21, pólo de debate de intelectuais cidadãos, oficializado dia 15 de dezembro em evento em São Paulo, se propõe a atuar como oficina de idéias e respostas à estratégia de retrocesso desenvolvido pela direita.

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A frente que se forma não é, certamente, a solução para conter o avanço da direita por si só, mas tem energia e robustez para fortalecer a resistência contra o desvario conservador, inconformado até agora com a vitória da presidenta Dilma Rousseff e seu programa de governo.

Uma cristalina demonstração de que o Fórum 21 conhece as necessidades do país é que a primeira assembléia, no Sindicato dos Engenheiros, elegeu como uma de suas prioridades a luta pela democratização dos meios de comunicação.

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A indicação do deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) para a pasta das Comunicações pela presidenta Dilma representa um passo importante neste processo.

A vitória de Dilma Rousseff, reconhecida como importante por setores democrático progressistas e de esquerda do mundo inteiro, assim foi vista porque ai enxergaram que o fato representa um avanço contra a direita e por tabela contra o oligopólio da mídia, aliadas incondicionais.

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Uma série de atos públicos estão previstos em vários estados para conscientizar a população sobre a importância de sua participação na discussão destes temas.

Atos pela convocação de uma Constituinte exclusiva para a reforma política deverão acontecer em janeiro, e para fevereiro está prevista no Congresso Nacional uma manifestação pela cassação do deputado Jair Bolsonaro pelas ofensas verbais proferidas contra a deputada Maria do Rosário, que se configuraram como quebra de decoro parlamentar.

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O desafio vital da frente de esquerda que se forma será deixar claro para a sociedade brasileira a importância da mobilização responsável em torno de temas definidos como a democratização da mídia, a reforma política e o combate a agressões que envolvam qualquer tipo de discriminação ou atentado a direitos humanos, de forma, inclusive, a evitar excessos como os ocorridos nas manifestações de junho de 2013.

Em última análise, a luta da frente de esquerda que se articula atualmente, é tornar visível à sociedade que existe uma batalha entre a democracia social e as forças regressivas, as mesmas que se sublevaram contra os avanços sociais no Brasil em 1932, 1954 e 1964, com as terríveis consequências causadas à democracia e à vida de milhares de brasileiros.

Como militante petista, fundador do partido e ferrenho defensor de seu papel no fortalecimento da democracia e nos avanços sociais e econômicos alcançados pelo país nos últimos 12 anos, estou confiante no papel de precursor do PT para a formação desta frente de esquerda.

Acredito que esta união responderá à altura os desafios deste novo período histórico, honrando a confiança que, mais uma vez, o povo brasileiro depositou em nós.

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