Teoria do caos energético é terrorismo das elites

Se formos considerar os investimentos feitos em relação à melhoria de nossa matriz energética, podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que os governos petistas fizeram mais que os governos tucanos

Se formos considerar os investimentos feitos em relação à melhoria de nossa matriz energética, podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que os governos petistas fizeram mais que os governos tucanos
Se formos considerar os investimentos feitos em relação à melhoria de nossa matriz energética, podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que os governos petistas fizeram mais que os governos tucanos (Foto: Chico Vigilante)


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Todos aqueles preocupados com o desenvolvimento do país e a qualidade de vida dos brasileiros deveriam pensar duas vezes antes de sair por aí repetindo críticas levianas e se transformando em atores voluntários da propagação da teoria do caos energético brasileiro.

Isso não é, definitivamente, verdade. A oposição organizada - a imprensa comercial familiar e os políticos inimigos de plantão do Brasil - não engolem a ideia de que dois presidentes eleitos pelo Partido dos Trabalhadores, um torneiro mecânico nordestino e uma mulher sobrevivente dos porões da ditadura que defenderam, tenham mais sucesso que eles na direção dos destinos do país.

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O Sr Goldman, ex-militante do Partido Comunista Brasileiro, continua sua inoportuna campanha pelo impeachment da presidenta Dilma. Trai suas raízes e os trabalhadores brasileiros e hoje é uma das mais ferozes vozes a ladrar incansavelmente pela direita e a favor das elites.

Outra viúva de Aécio Neves, o Sr Álvaro Dias, diz que Dilma não está fazendo um ajuste fiscal mas sim um ajuste de contas e blá, blá, blá. De seu discurso não se aproveita nada de propostas criativas.

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O Sr Aécio Neves, por sua vez, parece uma vitrola antiga daquelas que quando a agulha agarra a música fica tocando o mesmo trecho sem parar. Ele continua fazendo o que fez durante todos os programas de TV na campanha, chamar Dilma de mentirosa.

Ele deveria respeitar os milhões de votos que teve e dizer aos seus eleitores o que faria na prática para não deixar a inflação subir. Como não tem propostas criativas para enfrentar os grandes desafios do país, opta pela crítica infantil.

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Se formos considerar os investimentos feitos em relação à melhoria de nossa matriz energética, podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que os governos petistas fizeram mais que os governos tucanos, quando iniciativas neste sentido se resumiram ao discurso.

Os críticos se esquecem de dizer que a construção das usinas hidrelétricas de Belo Monte e Girau, por exemplo, de milhares de quilômetros de linhas de transmissão, e a usina nuclear de Angra 3, além dos investimentos em energia alternativas como os parques eólicos, foram pensadas para garantir que apagões como os que ocorreram no governo FHC mais de uma vez, não voltassem a acontecer. Ou seja, planejamento para o futuro.

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Estes mesmos inimigos do Brasil internos e externos incentivaram protestos internacionais e nacionais, listas de assinaturas contra a construção das hidrelétricas, greves de trabalhadores nas obras, e todo tipo de boicote para que as obras atrasassem.

E agora dizem que as obras estão atrasadas e a culpa é do PT, é da presidenta Dilma, que não sabe governar.

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Estão atrasadas? Sim, mas por quê? Por razões outras, além das descritas acima, nem sempre relacionadas diretamente a determinações do governo federal, como licenças ambientais de órgãos autônomos como o IBAMA, manifestações de povos indígenas nas regiões alagadas, etc. É necessário acompanhar e participar. Isso é o que chamamos de radicalizar a democracia, participação popular.

A verdade é que o órgão responsável pelo sistema energético brasileiro, o Operador Nacional do Sistema, mandou as distribuidoras diminuírem a entrega de megawatts aos consumidores de 11 estados e o Distrito Federal na última segunda feira, 19, por uma razão séria: evitar que, diante do pico do consumo ocorrido, o sistema caísse por si só e fosse danificado em grande escala. Custaria muito mais caro para reparar o estrago do que tomar a medida preventivamente como foi feito. Simples assim.

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Caso não tivesse sido reduzida a carga do sistema e o dano acontecesse em alguma subestação, o retorno à normalidade, no lugar de ocorrer dentro de uma hora, só seria restabelecido muito tempo depois, como todos lembram, ocorreu durante os governos de Fernando Henrique.

Os paulistas e cariocas devem se lembrar de milhares de pessoas que passaram pela experiência de ficarem horas presas em elevadores, em grandes cidades como Rio e São Paulo, do caos num trânsito sem semáforos funcionando, de noites na escuridão de cidades já inseguras mesmo quando iluminadas.

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No mesma segunda-feira (19/01) da decisão preventiva do Operador Nacional do Sistema, coincidentemente, a presidenta Dilma, por meio de seus ministros, anunciou medidas fiscais na busca de aumentar a arrecadação do governo.

Era tudo que a oposição organizada necessitava para voltar mais uma vez suas baterias contra Dilma. Chamar uma interrupção momentânea de distribuição de energia de apagão é uma total irresponsabilidade. É fazer terrorismo midiático.

A intenção orquestrada é deixar a população em polvorosa para se criar clima de impeachment. Um cidadão desavisado após assistir o Jornal Nacional consecutivamente por uma semana, passa a ter crises de pânico. O foco é sempre violência, mortes, inflação, dificuldades futuras para a compra de alimentos, eletrodomésticos, o carro da família, a casa própria.

Essa campanha que a mídia está fazendo para convencer a população de que houve um apagão e que haverá racionamento, é apenas uma cópia do que já aconteceu em anos anteriores.

A intenção é bastante clara, criar um cortina de fumaça e tentar colocar num mesmo saco a situação energética brasileira e a real situação de racionamento em São Paulo, e que só vem ocorrendo por incompetência dos governos tucanos que nada fizeram para solucionar o problema mesmo após devidamente alertados por especialistas em recursos hídricos do estado.

Uma matéria da Folha de São Paulo, de 12 de outubro de 2003, com a manchete "São Paulo só atende demanda por água até 2010" analisa a questão e afirma que a conclusão da Sabesp na ocasião foi clara: para atender ao aumento da população e do consumo de água, a região metropolitana de São Paulo deveria inevitavelmente investir em infraestrutura para o uso de novos mananciais.

A matéria cita, inclusive, as várias opções de mananciais disponíveis na região e as soluções técnicas para a utilização de cada um. Mas nada foi feito neste sentido.

O PSDB governou São Paulo desde 1995 e em 2003, sob o governo de Geraldo Alckmin, enfrentou uma seca similar à atual. É este um dos homens fortes dos tucanos para candidato as eleições presidenciais no Brasil em 2018. Estão muito mal.

A população brasileira e os movimentos sociais já alcançaram um nível de compreensão que nos garante a manutenção de nossas principais conquistas. Não nos deixaremos enganar por estes defensores das elites e da concentração de renda, por sinal, cada vez maior no mundo.

No que tange às medidas econômicas o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mandou um recado aos investidores ao discursar no Fórum Econômico Mundial, em Davos: as regras no Brasil serão conhecidas e respeitadas e não visam resultados de curto prazo mas sim preparam o terreno para que o Brasil tenha um crescimento sólido.

A tentativa de identificar a presidenta Dilma com a figura de uma política energética desastrosa não vai prosperar. É certo que em cinco anos teremos uma segurança energética invejável, com a entrada em funcionamento de grandes hidrelétricas iniciadas no governo do presidente Lula, vislumbradas por um homem que enxergava o tamanho do Brasil, suas necessidades de crescimento e principalmente suas potencialidades.

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