O PSDB tem Telhada de vidro

O PSDB indicou para presidir a comissão de Direitos Humanos um ex-PM acusado por dezenas de mortes – todas, claro, “em confronto”. Sim, o mesmo PSDB do “príncipe” Fernando Henrique Cardoso. Acredite se quiser

O PSDB indicou para presidir a comissão de Direitos Humanos um ex-PM acusado por dezenas de mortes – todas, claro, “em confronto”. Sim, o mesmo PSDB do “príncipe” Fernando Henrique Cardoso. Acredite se quiser
O PSDB indicou para presidir a comissão de Direitos Humanos um ex-PM acusado por dezenas de mortes – todas, claro, “em confronto”. Sim, o mesmo PSDB do “príncipe” Fernando Henrique Cardoso. Acredite se quiser (Foto: Lula Miranda)


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O ditado é bastante antigo e conhecido de todos: "quem tem telhado de vidro, não deve atirar pedras no do vizinho". O PSDB, depois de seguidos governos incompetentes e ruinosos, diversos malfeitos, maus exemplos e pecados capitais cometidos, perdeu o direito de atirar pedras no telhado alheio. O PSDB, meus caros, perdeu a moral. Teria se tornado então o PSDB um partido amoral?

A título de refresca-memória, devo então citar alguns exemplos da "amoralidade" tucana – uma vez que vivemos tempos em que as manchetes, que parecem pretender apenas a embriaguez e o torpor do momento, são etéreas, voláteis.

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Sabe-se, pois já é história, que era o finado, o grande "Serjão", quem governava de fato para o "Príncipe de Higienópolis". Sérgio Motta, segundo confissão de dois dos deputados envolvidos na negociata, teria comprado a reeleição de FHC por "duzentos mil dinheiros". Essa notícia foi manchete do jornal Folha de S.Paulo em 13 de maio de 1997, salvo engano numa reportagem de Fernando Rodrigues. Eis a manchete: "Deputado conta que votou pela reeleição por R$ 200 mil".

Esse mesmo "escândalo" levou o insuspeito e provecto jornalista Jânio de Freitas a dizer, em depoimento ao programa "Roda Viva", da TC Cultura de SP, em 2012, que esse episódio "é o mais grave, do ponto de vista institucional; é o mais grave dos episódios ocorridos a partir da Presidência da República desde o fim do regime militar". Palavras de Jânio de Freitas.

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Lembro ainda, aos que sofrem de amnésia seletiva, o episódio que ficou conhecido como "privataria tucana" – que rendeu até um livro Best Seller. Quantos bilhões de dólares em propina teriam sido arrecadados naquela ocasião? Quantos bilhões de dólares do caixa 2 das campanhas tucanas dormitam hoje em contas no exterior – como as do recente escândalo apelidado de "Swissleaks"? Quantos milhões de dólares dos que batem panelas contra Dilma estão escondidos nesses "porquinhos offshores" pertencentes a essa nossa elite inescrupulosa e amoral?

E o "mensalão" tucano – nunca julgado?! E o "trensalão"?! E o... A lista é infinda.

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Lembro ainda, por dever de ofício, o episódio da desocupação da invasão do Pinheirinho, no qual, para preservar o patrimônio de uma massa falida, um governo tucano desalojou, com desmedida e impiedosa truculência, mais de 6.000 cidadãos que lá viviam há anos.

Lembro o recente episódio do já histórico massacre dos professores grevistas na cidade de Curitiba, no Paraná, no qual professores da rede pública foram violentamente escorraçados e agredidos pela Polícia Militar do (des)governo Beto Richa. Mais de duzentos feridos – homens e mulheres, alguns idosos, com décadas de serviços prestados ao Estado. Triste de ver. Deplorável.

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O PSDB tem autoridade para falar em corrupção ou em Direitos Humanos?! Ainda lhe resta alguma moral para alguma coisa neste país?!

Como se não bastasse, dentre tantos desvarios, despautérios e desgovernos, o Partido da Social Democracia Brasileira, o PSDB, em deplorável episódio ainda mais recente, como se desejasse fazer troça e/ou por aparente escárnio com seus fundadores, filiados e simpatizantes, achou por bem indicar o coronel Telhada para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado de SP. Antes este mesmo "político" já havia sido indicado para a Câmara Municipal de SP, quando eleito vereador.

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Não. Não se trata de uma daquelas "piadas prontas" tão ao gosto do impagável "macaco Simão". Aconteceu de fato. O PSDB indicou para presidir a comissão de Direitos Humanos um ex-PM acusado por dezenas de mortes – todas, claro, "em confronto".

Sim, o mesmo PSDB do "príncipe" Fernando Henrique Cardoso. Acredite se quiser.

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Deve ser por isso que nomes como Luiz Carlos Bresser-Pereira, Walter Feldman, Paulo Sérgio Pinheiro, Jô Soares, Barbara Gancia, entre outros ex-tucanos de bela plumagem, abandonaram essa agremiação partidária desvirtuada e, hoje, absolutamente non sense.

Ou seja: o PSDB perdeu o senso, a moral e a graça.

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