As velhas respostas dos tucanos

A oposição precisa deixar de jogar palavras ao vento e encarar os problemas do país de frente, sem palavras cruzadas. O importante não é o número de ministérios, nem tão pouco os dispêndios, mas a eficiência do Estado



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Sem respostas novas para as manifestações das ruas, a oposição resolveu recorrer mais uma vez para a fórmula do Estado mínimo. De volta ao óbvio, o senador Aécio Neves ressuscitou a política de cortes e reduções de cargos públicos, como se fosse um toca disco arranhado. É frustrante assistir à falta de criatividade da oposição, amarrada às velhas ideias e, principalmente, condicionada a enfrentar os desafios lançados pela sociedade com soluções derrotadas pela história recente do Brasil.

A oposição precisa deixar de jogar palavras ao vento e encarar os problemas do país de frente, sem palavras cruzadas. O importante não é o número de ministérios, nem tão pouco os dispêndios, mas a eficiência do Estado. Em 2002, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) com 25 ministérios terminou aquele ano de governo com um gasto de R$ 21,3 bilhões. Em 2012, a presidente Dilma Rousseff conseguiu reduzir esses gastos para R$ 17,6 bilhões, mesmo tendo 39 pastas com status de ministério. Ou seja: 10 anos depois, os governos petistas cortaram R$ 3,7 bilhões dos custos com a máquina pública e aumentaram a participação da sociedade no governo.

É necessário deixar ainda mais claro a diferença radical sobre a concepção de Estado entre os governos tucanos e petistas. Em 1994, o país possuía 641 mil servidores federais. Após oito anos de governos do PSDB, o país assistiu um desmantelamento do Estado. Em 2002, FHC deixou o governo com apenas 530 mil servidores, num corte total de 111 mil trabalhadores. Ao contrário, a presidente Dilma Rousseff segue dando continuidade a retomada iniciada pelo ex-presidente Lula. A partir de 2003, o PT e os partidos aliados, assumiram a responsabilidade histórica de reestruturar e otimizar o Estado. Ao todo, em 2012, o país já contava com 635 mil servidores, dando um salto qualitativo de 105 mil trabalhadores através de concurso público, sem aumentar os custos da máquina, nem reduzir salários

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Com o objetivo de superar o passivo de 6 mil servidores entre 1994 e 2012, o governo autorizou no dia 6 de junho de 2013 a criação de 7.098 cargos públicos. A decisão está presente na Lei 12.823/2013, publicada no Diário Oficial da União, em decisão assinada pela presidente Dilma Rousseff e pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Entre eles, 789 defensores públicos, que salta de 481 para 1.280 no país. Esses números apresentam uma distinção ideológica explicita entre o PT e o PSDB. O primeiro, aposta no serviço público como instrumento de um governo mais eficiente. O segundo prefere o viés das privatizações como única alternativa de modernizar o Estado. A história tratou de resolver o problema desta equação. Privatizações são iguais a altos custos e péssimo atendimento a população. Concursos públicos são iguais a baixos custos e melhor atendimento ao cidadão.

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