"Quando diz que Rui é o candidato de Dilma e Lula, todo mundo abre o dente"

Desempenho ruim nas pesquisas e pouca popularidade do candidato do PT ao governo do Estado, Rui Costa, não fazem Jaques Wagner desanimar; governador acredita que Rui terá êxito por causa do 'peso' do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff; "Hoje mesmo me ligou um prefeito do interior e disse 'Oh, governador, aqui está fácil de fazer campanha. Quando diz que Rui é o candidato de Dilma e Lula, todo mundo abre o dente. Ela está aqui com 62%, Aécio tem 11%, 12%, Eduardo tem 6%, 7%. Às vezes Aécio bate 14%"

Desempenho ruim nas pesquisas e pouca popularidade do candidato do PT ao governo do Estado, Rui Costa, não fazem Jaques Wagner desanimar; governador acredita que Rui terá êxito por causa do 'peso' do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff; "Hoje mesmo me ligou um prefeito do interior e disse 'Oh, governador, aqui está fácil de fazer campanha. Quando diz que Rui é o candidato de Dilma e Lula, todo mundo abre o dente. Ela está aqui com 62%, Aécio tem 11%, 12%, Eduardo tem 6%, 7%. Às vezes Aécio bate 14%"
Desempenho ruim nas pesquisas e pouca popularidade do candidato do PT ao governo do Estado, Rui Costa, não fazem Jaques Wagner desanimar; governador acredita que Rui terá êxito por causa do 'peso' do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff; "Hoje mesmo me ligou um prefeito do interior e disse 'Oh, governador, aqui está fácil de fazer campanha. Quando diz que Rui é o candidato de Dilma e Lula, todo mundo abre o dente. Ela está aqui com 62%, Aécio tem 11%, 12%, Eduardo tem 6%, 7%. Às vezes Aécio bate 14%" (Foto: Romulo Faro)


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Bahia 247 - Desempenho ruim nas pesquisas de intenção de voto e pouca popularidade do candidato do PT ao governo do Estado, Rui Costa, não fazem Jaques Wagner desanimar. Governador segue discurso afinado com o comando de campanha e diz que é cedo demais para levar em consideração as pesquisas, principalmente, segundo ele, porque ainda não teve início a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV.

Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, Wagner lembra de sua eleição em 2006, quando as pesquisas lhe davam no máximo 7% e ele derrotou o democrata Paulo Souto em eleição histórica no primeiro turno. Rui tem 8%.

Além de avaliar como positivo o fato de Rui ainda ser desconhecido, o que, segundo ele lhe dá vantagem diante dos candidatos 'já provados pela população', Jaques Wagner acredita também que Rui Costa terá êxito por causa do 'peso' do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff em sua campanha.

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"Hoje mesmo me ligou um prefeito do interior e disse 'Oh, governador, aqui está fácil de fazer campanha. Quando diz que Rui é o candidato de Dilma e Lula, todo mundo abre o dente. Ela está aqui com 62%, Aécio tem 11%, 12%, Eduardo tem 6%, 7%. Às vezes Aécio bate 14%", diz Wagner.

Mas não custa lembrar, em 2012, o petista Nelson Pelegrino teve apoio de Lula e de Dilma e saiu derrotado pela quarta vez da disputa pela Prefeitura de Salvador. ACM Neto (DEM) foi eleito.

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Wagner compara ainda a chapa governista com a da oposição e diz que a aliança DEM-PMDB-PSDB "não é unidade, mas uma junção". Governador avalia que os candidatos da base têm mais força do que os opositores.

Abaixo alguns trechos e aqui a entrevista completa de Jaques Wagner à Tribuna da Bahia.

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Qual a maior dificuldade da chapa de governo?

O maior desafio a ser superado agora na campanha é transformar Rui em um candidato mais conhecido do que ele está. Eu tenho até medo de falar muito, pois já tomei uma multa de R$ 53 mil por comentar uma pesquisa... Não sei se posso falar... Mas, a taxa de desconhecimento de Rui está na casa dos 46%, e 99% já ouviu falar de Souto. Esse desafio está sendo vencido com uma série de fatores: carreatas, propaganda e vem aí o horário eleitoral. Tudo isso não foi diferente do que aconteceu comigo. Eu, em 2002, quando não ganhei, saí de 1% e fui para 38% e depois saí de 7% e ganhamos! Eu acho que esse é o desafio. Claro que temos um leque de alianças amplo, muitas prefeituras, e o nosso segundo desafio é fazer essa composição. E quando você desce ao município, você tem dois grupos políticos adversários locais e estão unidos em nosso nome: essa é a nossa arte para articular. Quando dos dois grupos fazem campanha, não vou interferir no município. Crescemos muito no tempo de TV. Em 2010 tive 5 minutos, Rui vai ter 8. Rui vai apanhar com 7 minutos, mas tem Lídice ainda, mas é outra vertente que não dá para dizer que é a mesma.

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Essa unidade, no seu ponto de vista, entre DEM e PMDB, torna a chapa de oposição mais competitiva?

Eu acho que existe uma junção e não unidade. É público e todo mundo sabe o trauma e o mal-estar que foi. É algo que até que não me compete, pois não gosto de ficar falando dos outros, mas eu sei que tava tudo certo para ser Geddel o candidato. Se fosse outro desenho, saberíamos, mas não quero citar nomes. Mas é claro que não tem uma combinação, mas um ajuste. Todo mundo sabe que Joaci não foi escolhido pelo PSDB. Qual é o projeto político que é o guarda-chuva da chapa? É o projeto do PMDB? Do DEM? O nosso tem projeto, o nacional de Lula, Dilma e o meu e os nossos aliados. Eu acho que você ganha com projeto e não um somatório por si só de votos. Eu acho que se juntaram, mas não tem unidade. Mas toda campanha para mim é dura, não tem uma fácil e acho que temos muita consistência para ter boa campanha e um bom desempenho na eleição e acredito absolutamente na vitória. Eu só consigo enxergar melhor a eleição, 15 dias depois do processo de televisão e rádio, antes a instabilidade de avaliações é imensa. Vou repetir: qualquer pesquisa que você fizer não dá 10% de votos para espontânea. Eu acho que temos serviços prestados, serviços políticos e uma chapa competitiva, um candidato jovem, estudioso, conhece a Bahia bem, um cabra que conseguiu respeito no Congresso Nacional e toda equipe da Dilma, inclusive nela própria. Eu levei em uma das reuniões que avaliava a questão da estiagem e da seca, onde ela [Dilma] presidia, fui com Rui. Lá ele fez três intervenções, depois ela me chamou num canto e disse 'já entendi porque você o escolheu'. Rui vai ser melhor governador que eu. A gente, hoje, tem uma articulação muito boa, por exemplo, temos mais deputado que Antônio Carlos teve no período dele e não foi feito à base do tacão, mas de convencimento e argumento. Não é coação, mas sedução. Otto e João Leão são meus amigos e são laços que não vejo do lado de lá. É igual a futebol: se todo mundo joga com o mesmo esquema tático, o jogo só daria empate. Nós temos um grupo consolidado, têm relações internas e externas, Leão tem votação grande e tem experiência e é um bom líder.

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Aqui na Bahia, a presidente Dilma Rousseff vai conseguir manter o favoritismo que ela tem até hoje ou a oposição vai ter margem para fazer o candidato Aécio Neves crescer e a própria senadora Lídice da Mata tornar Eduardo Campos conhecido?

Hoje mesmo me ligou um prefeito do interior e disse: - Oh governador aqui está fácil de fazer campanha. Quando diz que Rui é o candidato de Dilma e Lula, todo mundo abre o dente. Ela está aqui com 62%, Aécio tem 11%, 12%, Eduardo tem 6%, 7%. Às vezes Aécio bate 14%. Mas é uma diferença grande. Isso está muito consolidado. É diferente do Sul e Sudeste, onde talvez a marca do governo federal não seja tão mostrada. Por exemplo, Alckmin dissipa muito as marcas do governo. O que tem de intervenção do governo federal em São Paulo que ela vai colocar na rua agora! Por isso que eu digo que ainda estamos muito na futurologia. Eu prefiro esperar 15 dias ou mais um pouco.

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Há favoritos no cenário do Senado na Bahia, já que é uma disputa de um turno só e há três candidatos fortes?

A história baiana das últimas três décadas sempre aponta uma convergência do governo estadual com o senador. Foi assim com Waldir Pires, com Antonio Carlos Magalhães, com Paulo Souto e comigo. Continuo achando que essa vai ser a lógica. Como eu acredito que Rui chega à frente no primeiro turno (não estou dizendo ganhar no primeiro turno). As pessoas perguntam às vezes: - Vai ganhar no primeiro turno? Eu respondo: - Eu não faço essa aposta. Essa aposta depende de dois votos. Cinquenta por cento mais um ganha, cinquenta por cento menos um vai para o segundo turno. Então não me peça para ter essa precisão cirúrgica em avaliação que não existe. Você pode dizer – Oh, Lídice vai minguar, Paulo Souto não sei o que lá. Todo mundo jurava que eu não ia para o segundo turno e eu ganhei no primeiro. Todo mundo jurava que ia ter segundo turno em 2010 porque tinha dois candidatos fortes, um do PMDB e outro do DEM e eu ganhei no primeiro com 64%. Então cabeça de gente que é paixão e eleição é paixão, é difícil.

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