Arrecadação de SP quase dobrou com saída de Mauro
A arrecadação com ISS na Prefeitura de São Paulo subiu muito após saída do secretário Mauro Ricardo Costa, que agora é titular da Secretaria da Fazenda de Salvador; ele foi responsável pela pasta em dois anos dos quatro em que foi operada a chamada máfia do ISS na capital paulista; arrecadação quase dobrou e subiu 74% após sua saída; o tucano não foi bem aceito em Salvador, sobretudo pela oposição ao prefeito ACM Neto; ele se tornou um sujeito antipatizado também pelo povo, após o IPTU da capital baiana subir em até 1000%
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Bahia 247 - Entre bombardeios e 'esquecimento' da mídia, o tão contestado secretário da Fazenda de Salvador (Sefaz), Mauro Ricardo Costa, segue firme e forte como homem de confiança do prefeito ACM Neto (DEM), mas ainda há resíduos negativos vindo à tona sobre sua passagem pela Secretaria de Finanças da Prefeitura da capital paulista.
Matéria do jornal Folha de São Paulo dá conta de que a arrecadação municipal subiu significativamente após a saída do secretário, responsável pela pasta em dois anos dos quatro em que foi operada a chamada máfia do ISS (Imposto Sobre Serviços). Segundo a reportagem, a arrecadação quase dobrou e subiu 74%.
De acordo com as denúncias, os fiscais cobravam propina para emitir o certificado de quitação do ISS/Habite-se das obras. Em troca, davam descontos ilegais no imposto. Segundo balanço da Secretaria Municipal de Finanças, de janeiro a julho de 2012, enquanto os fiscais suspeitos atuavam na pasta, foram recolhidos R$ 36,1 milhões com o ISS/Habite-se.
O valor saltou para R$ 55,2 milhões no mesmo período de 2013, variação de 53%. Nesse semestre, o homem apontado como cabeça da máfia do ISS, Ronilson Bezerra Rodrigues, já havia deixado o cargo de subsecretário da Receita, para assumir outra função de confiança fora da Secretaria de Finanças.
De para-quedas em Salvador
Mauro Ricardo não foi bem aceito em Salvador, sobretudo pelos líderes da oposição ao prefeito ACM Neto. Mas o democrata o manteve firme na Sefaz em meio ao bombardeio que explodiu com as denúncias, em meados de 2013. Mauro é acostumado a rodar o país, sempre indicado para cargos públicos por seu partido, o PSDB. Ele veio para a capital baiana por articulação dos deputados federais tucanos Antônio Imbassahy (líder do PSDB na Câmara) e Jutahy Magalhães Jr.
Articulação política à parte, Mauro Ricardo se tornou um sujeito antipatizado também pelo povo. O motivo foi a modificação das fórmulas de cálculo do IPTU (Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana). Há quem diga que seu imposto subiu até mais do que 1000% em 2014, em comparação com 2013.
Mauro Ricardo é, e aparentemente continuará sendo, dor de cabeça para ACM Neto. O prefeito, por ora, mantém fidelidade à sua articulação política com o PSDB e mantém o secretário 'importado de São Paulo' na sua administração a toda prova.
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