Comprovado, Eliana: toga não é trampolim político

Ministra aposentada do STJ entrou na disputa pelo Senado se autodeclarando 'o novo' e prometendo "fazer no Congresso o que fiz no Judiciário", mas a exatas cinco semanas das eleições não passa de 6% da preferência dos baianos nas pesquisas; na última, divulgada ontem (27) pelo Ibope, Eliana Calmon (PSB) apareceu com 4%, contra 35% de Geddel Vieira Lima (PMDB) e 17% de Otto Alencar (PSD); juíza-política diz que nunca teve pretensão, mas tentou usar seus cargos destacados no Judiciário para se autopromover para vida político-partidária; parece que, pelo menos nestas eleições, não deu certo

Ministra aposentada do STJ entrou na disputa pelo Senado se autodeclarando 'o novo' e prometendo "fazer no Congresso o que fiz no Judiciário", mas a exatas cinco semanas das eleições não passa de 6% da preferência dos baianos nas pesquisas; na última, divulgada ontem (27) pelo Ibope, Eliana Calmon (PSB) apareceu com 4%, contra 35% de Geddel Vieira Lima (PMDB) e 17% de Otto Alencar (PSD); juíza-política diz que nunca teve pretensão, mas tentou usar seus cargos destacados no Judiciário para se autopromover para vida político-partidária; parece que, pelo menos nestas eleições, não deu certo
Ministra aposentada do STJ entrou na disputa pelo Senado se autodeclarando 'o novo' e prometendo "fazer no Congresso o que fiz no Judiciário", mas a exatas cinco semanas das eleições não passa de 6% da preferência dos baianos nas pesquisas; na última, divulgada ontem (27) pelo Ibope, Eliana Calmon (PSB) apareceu com 4%, contra 35% de Geddel Vieira Lima (PMDB) e 17% de Otto Alencar (PSD); juíza-política diz que nunca teve pretensão, mas tentou usar seus cargos destacados no Judiciário para se autopromover para vida político-partidária; parece que, pelo menos nestas eleições, não deu certo (Foto: Romulo Faro)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Bahia 247 - Por mais que tenha negado até o último instante antes de sua aposentadoria, em dezembro de 2013, a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon fez de sua carreira no judiciário trampolim para a vida política partidária. Ela só não esperava que sua candidatura a senadora pelo PSB fosse o fiasco que tem sido até então. A pontuação máxima que ela já conseguiu nas pesquisas de intenção de voto foi 6% e na última, divulgada pelo Ibope ontem (27), ela apareceu com 4%.

Eliana dizia à imprensa que não tinha pretensão de ser política, mas justificava, e ainda justifica, que "o povo está cansado das velhas práticas dos políticos" e que ela representa "o novo". A juíza-política antecipou sua aposentadoria compulsória em dezembro e se filiou ao PSB para entrar na disputa pelo Senado e escolheu sua terra natal ao invés de Brasília. 

No período pré-eleitoral, Eliana Calmon era tratada por parte da mídia como grande estrela das eleições baianas e ela própria se considerava a tal, mas depois do início da campanha e diante das pesquisas, a magistrada parece já ter baixado um pouco a bola, como diz a expressão popular. Deve-se ponderar, sem dúvida, que as pesquisas não podem ser parâmetro para afirmar resultado de eleição. Mas também não se pode ignorá-las.

continua após o anúncio

A baiana Eliana Calmon teve seu primeiro cargo nacional no Judiciário brasileiro graças às bênçãos do falecido ex-governador e ex-senador Antônio Carlos Magalhães. Também foi com ajuda de ACM que ela chegou ao cargo de desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia. Mas a ascensão midiática da juíza se deu há dois anos, quando, na condição de corregedora chefe do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ela 'denunciou' a existência de "bandidos de toga" no Poder Judiciário. 

A partir daí, Eliana Calmon, com ajuda massiva da mídia, se tornou a 'heroína do Judiciário brasileiro. Ela só nunca citou nenhum nome entre os "bandidos de toga".

continua após o anúncio

Auxílio alimentação de R$ 84,8 mil

Defensora ferrenha da justiça em todas as suas vertentes e pregadora contumaz da moral, da ética e dos bons costumes, Eliana Calmon pegou a sociedade brasileira de surpresa, sobretudo seus admiradores, em fevereiro de 2013, quando a mesma mídia que lhe alçou ao 'título' de 'heroína' divulgou o valor de seu auxílio alimentação recebido em janeiro daquele ano: R$ 84,8 mil (oitenta e quatro mil e oitocentos reais). Naquele janeiro, o contracheque de Eliana Calmon foi de exatos R$ 113.009,50 (cento e treze mil nove reais e cinquenta centavos). Informação é do jornal O Estado de São Paulo.

continua após o anúncio

À época, Eliana reagiu com naturalidade aos espanto de seus compatriotas, principalmente de seus fãs. Ela afirmou que o pagamento de vale-alimentação retroativo aos juízes do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo foi chancelado pelo CNJ no processo de equiparação com o que é pago ao Ministério Público Federal. "O Ministério Público já recebe sem questionamento algum. O CNJ entendeu o processo de equiparação e isso levou ao pagamento", disse a magistrada.

Esqueceram de combinar com os eleitores

continua após o anúncio

Eliana Calmon indubitavelmente é admirada por parte dos mais de 11 milhões de eleitores baianos e também sem dúvida, sua 'saga' aos "bandidos de toga" fez muita gente dizer 'essa é minha candidata'. Mas pelo menos nestas eleições, a juíza política não deve ter êxito nas urnas. Filiada ao PSB há oito meses, ela pouco entende de articulação político-partidária e, de acordo pelas pesquisas, sua campanha está muito aquém de suas expectativas. Há quem diga que a 'heroína' entrou na disputa com sensação de 'já ganhei'. Agora é esperar 5 de outubro.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247