TRE admite 'dificuldade' de investigar compra de voto

Apesar de a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) não ter levantamento de quantas denúncias por compra de votos já foram feitas neste ano, dirigentes dos órgãos que organizam o processo eleitoral admitem a existência da prática ilícita e relatam as dificuldades de investigação; na Bahia, 900 pessoas tiveram suas candidaturas deferidas, "o que impossibilita diante da estrutura do Poder Judiciário uma maior fiscalização", segundo o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Lourival Almeida

Apesar de a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) não ter levantamento de quantas denúncias por compra de votos já foram feitas neste ano, dirigentes dos órgãos que organizam o processo eleitoral admitem a existência da prática ilícita e relatam as dificuldades de investigação; na Bahia, 900 pessoas tiveram suas candidaturas deferidas, "o que impossibilita diante da estrutura do Poder Judiciário uma maior fiscalização", segundo o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Lourival Almeida
Apesar de a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) não ter levantamento de quantas denúncias por compra de votos já foram feitas neste ano, dirigentes dos órgãos que organizam o processo eleitoral admitem a existência da prática ilícita e relatam as dificuldades de investigação; na Bahia, 900 pessoas tiveram suas candidaturas deferidas, "o que impossibilita diante da estrutura do Poder Judiciário uma maior fiscalização", segundo o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Lourival Almeida (Foto: Romulo Faro)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Bahia 247 - Apesar de a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-BA) não ter levantamento de quantas denúncias por compra de votos já foram feitas neste ano, dirigentes dos órgãos que organizam o processo eleitoral admitem a existência da prática ilícita e relatam as dificuldades de investigação.

Na Bahia, 900 pessoas tiveram suas candidaturas deferidas, o que impossibilita diante da estrutura do Poder Judiciário uma maior fiscalização. Pelo menos, esse é o cenário apresentado pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Lourival Almeida.

Segundo ele, o Judiciário precisa ser provocado para investigar as ocorrências. A argumentação também é de que o sistema existente abre brechas para as ocorrências de caixa dois e compra de votos.

continua após o anúncio

"Nosso poder Judiciário tem um compromisso muito sério com as eleições, mas é evidente que ele deve ser provocado pelas partes. Qualquer denúncia que tiver e aí eu aproveito para convocar até a imprensa para que nos ajude neste particular para que tenhamos eleições transparentes", diz ele em matéria do jornal Tribuna da Bahia.

Conforme o presidente do Tribunal, o poder econômico no atual processo chega a ser abusivo e para que isso seja mais coibido seria preciso transformar as leis vigentes no país.

continua após o anúncio

"É de fazer vergonha. Nas eleições, o poder econômico está acima de tudo, e aí é preciso mudar a legislação eleitoral e não jogar a sobrecarga para o Judiciário eleitoral. Tem uma legislação que aí está que é caótica, eu diria que chega a ser hipócrita em demasia. Por que não mudam lá no Congresso para que haja uma reforma eleitoral profunda para que a campanha seja financiada com dinheiro público e não dessa forma como aí está?".

Almeida destacou que o Tribunal cumpre bem seu papel, apesar de frisar que há limitações. "Nós diuturnamente estamos atentos mais do que tudo, desde que a denúncia não seja apócrifa e anônima, – mas ainda assim até denúncia anônima eu já mandei investigar –, mas o poder Judiciário não tem poder investigativo policialesco a esse ponto porque alguém disse que houve uma negociação espúria e a gente tem que entrar nesse emaranhado. Nós estamos aqui é para julgar".

continua após o anúncio

As informações foram respostas aos questionamentos ligados às afirmações de candidatos, a exemplo do petista Rui Costa, na corrida ao governo, que na última semana acusou, sem citar nomes, adversários de omitirem gastos em suas declarações e de que tem deputado comprando votos no interior, sem ter pisado os pés no município.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247