“Estão investigando cada fio de cabelo do PT”
Acusado pelo PSDB de criar 'factoide' na audiência da CPI da Petrobras na terça-feira, na qual o doleiro Alberto Youssef prestou depoimento, o deputado Jorge Solla, do PT, afirma que os tucanos "estão agindo com desonestidade" quando dizem que o lobista não confirmou que o senador Aécio Neves recebeu propina pelas obras de Furnas; Solla afirma que a apuração das acusações é seletiva em comparação entre políticos do PT e do PSDB; "É muita desonestidade do PSDB afirmar que as referências de Youssef a Aécio são 'ilações inverídicas', sendo que a acusação sequer foi investigada. Estão investigando cada fio de cabelo e, no fim, não tenho dúvidas de que nada será achado contra a presidente Dilma e o ex presidente Lula", diz o petista
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Bahia 247 - Acusado pelo PSDB de criar 'factoide' na audiência da CPI da Petrobras na terça-feira (25), na qual o doleiro Alberto Youssef prestou depoimento, o deputado baiano Jorge Solla, do PT, afirma que os tucanos "estão agindo com desonestidade" quando dizem que o lobista não confirmou que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) não recebeu propina pelas obras de Furnas, em Minas Gerais.
Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, Solla afirma que a apuração das acusações é seletiva em comparação entre políticos do PT e do PSDB. "É muita desonestidade do PSDB afirmar que as referências de Youssef a Aécio são 'ilações inverídicas', sendo que a acusação sequer foi investigada. Enquanto a corrupção em Furnas e as acusações de pagamento de propina a Aécio e sua irmã não são investigadas, no caso do PT, não só há investigação intensa, como tudo que é descoberto é vazado para a imprensa imediatamente. Estão investigando cada fio de cabelo e, no fim, não tenho dúvidas de que nada será achado contra a presidente Dilma e o ex presidente Lula", diz o petista.
Na audiência de terça, Youssef foi questionado por Solla sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo tucanos em Minas Gerais, entre Aécio, e Furnas, empresa geradora e transmissora de energia elétrica, subsidiária da Eletrobras e vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
Em nota divulgada à imprensa, o PSDB afirmou que as referências feitas ao senador Aécio Neves são improcedentes "e carecem de quaisquer elementos que possam minimamente confirmá-las".
"Na declaração feita, diante da pressão de deputados do PT, Yousseff repetiu a afirmativa feita meses atrás: de que nunca teve qualquer contato com o senador Aécio Neves. (...) O deputado do PT Jorge Solla buscou apenas criar um factoide para desviar a atenção de fatos investigados pela Polícia Federal e pela Justiça e que atingem cada vez mais o governo e o PT", dizem os tucanos.
Na resposta a Solla, Alberto Youssef confirmou o envio de dinheiro para Belo Horizonte. "Mas não foi eu quem foi entregar. A mim não foi dito que seria para o [Antonio] Anastasia [ex-governador tucano]. Mas, quem foi lá entregar foi o Jaime. Então, só ele que poderá falar para quem ele entregou [o dinheiro]. Eu lembro que recebi o endereço e o nome e eu mandei entregar. E esse nome não era Anastasia. Tinha outro nome e outro endereço", disse o doleiro.
Na réplica, Solla questiona Youssef a confirmação se Aécio Neves teria recebido dinheiro do suposto esquema de corrupção de Furnas. "Eu confirmo por conta do que eu escutava do deputado José Janene, que era meu compadre, e eu era o operador dele", disse o doleiro.
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