Governo entrega a quilombolas ferramentas para cultivo de ostras
O governo do Estado, por meio da Bahia Pesca, entrega neste sábado 150 travesseiros de ostras a produtores de Santiago do Iguape, pequena vila de pescadores e agricultores quilombolas, no município de Cachoeira, no Recôncavo Baiano; os quilombolas recebem ainda um comprovante de dispensa de licenciamento ambiental para seus empreendimentos, obtido pela empresa no Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema); serão beneficiadas mais de 30 famílias com as doações
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Bahia 247 - Produtores de ostras em Santiago do Iguape - pequena vila de pescadores e agricultores quilombolas, no município de Cachoeira (Recôncavo Baiano), recebem neste sábado (3) ferramentas para o desenvolvimento da ostreicultura na região.
Os equipamentos vão ser entregues pela Bahia Pesca, empresa vinculada à Secretaria da Agricultura do Estado (Seagri), durante a VII Festa da Ostra, que acontece nestes sábado e domingo (3 e 4) na localidade.
Vão ser doados 150 ‘travesseiros’ (locais onde são depositadas as sementes de ostras, conhecidas como cria de ostras para crescimento), com capacidade para 60 ostras cada, além de nove caixas vazadas destinadas ao manuseio e transporte das ostras.
A Bahia Pesca também entrega aos quilombolas um comprovante de dispensa de licenciamento ambiental para seus empreendimentos, obtido pela empresa no Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Devem ser beneficiadas mais de 30 famílias com as doações.
Assistência técnica
Os técnicos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) da Bahia Pesca acompanham as atividades em Iguape, desde 2008, quando o projeto de ostreicultura foi implantado.
“Orientamos os produtores durante todo o processo, desde a coleta das sementes no manguezal, montagem das mesas (estruturas de sustentação dos travesseiros), instalação dos travesseiros e a limpeza das ostras com retirada de organismos”, afirma o biólogo da empresa, Brunno Falcão.
De acordo com ele, a produção anual de Iguape chega a 90 mil ostras, número que tende a aumentar 10% com a “chegada das novas ferramentas”.
Licenciamento ambiental
Para adequar a ostreicultura local à legislação vigente, o setor de licenciamento ambiental da Bahia Pesca solicitou ao Inema a dispensa de licença ambiental para os produtores envolvidos com a ostreicultura nas comunidades quilombolas do Kaonge, Engenho da Ponte e Dendê.
“Uma vez que a atividade lançará efluentes nas águas nem oferece desequilíbrio nem degradação ambiental ao habitat natural, a isenção foi concedida e será entregue aos representantes locais durante o evento”, informa Brunno.
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