Geddel recebeu propina por obra da Odebrecht em Salvador, diz delator

Mais uma acusação de corrupção atinge o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB); desta vez, um delator aponta que o peemedebista recebeu propina por uma obra da Odebrecht em Salvador; em seu depoimento no acordo de delação premiada, o executivo João Pacífico disse que Geddel recebeu propina sobre um contrato de 1987 para obras do Transporte Moderno de Salvador (TMS); segundo o delator, foram pagos aproximadamente R$ 3,6 milhões entre 2007 e 2010

Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, anuncia medidas para reduzir os gastos públicos (José Cruz/Agência Brasil)
Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, anuncia medidas para reduzir os gastos públicos (José Cruz/Agência Brasil) (Foto: Giuliana Miranda)


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Bahia 247 - João Pacífico, um dos delatores da Odebrecht na Operação Lava Jato, disse que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo/Michel Temer) recebeu propina sobre um contrato de 1987 para obras do Transporte Moderno de Salvador (TMS).

Segundo o delator, foram pagos aproximadamente R$ 3,6 milhões entre 2007 e 2010.

As informações são de reportagem de Julia Affonso, Luiz Vasallo e Fausto Macedo no Estado de S.Paulo.

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"Pacífico relatou à Lava Jato que, em 1987, a Construtora Norberto Odebrecht firmou com a Superintendência de Urbanização da Capital (Surcap), atual Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop), autarquia vinculada à Prefeitura de Salvador, o contrato nº 018/87 para construção do Transporte Moderno de Salvador. As obras, relatou, serviriam para reduzir os congestionamentos e a melhorar o tráfego dos ônibus na capital baiana.

O delator narrou que ‘eram frequentes os atrasos nos pagamentos pela Surcap dos valores devidos à Construtora Norberto Odebrecht, que tinha dificuldade em receber seus créditos’. O cenário, segundo João Pacífico, mudou ‘em função de uma alteração do contexto político que envolvia a Prefeitura de Salvador’ em 2007.

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A mudança, disse, permitiu a Geddel que passasse a exercer ‘forte influência no governo municipal’.

Após o contato com Geddel, então ministro, narrou João Pacífico, ‘houve melhora significativa no fluxo de pagamentos referentes à obra’. O contrato da TMS, segundo o delator, ‘previa a construção de corredores de ônibus em diversas vias importantes da cidade, estações de transbordo, pátios de estacionamento e oficinas, envolvendo obras de arte, terraplenagem, drenagem, urbanização, contenção, entre outras’.
O delator afirmou que ‘diante da proximidade das eleições’ Cláudio Melo Filho ‘solicitou, a pedido de Geddel, uma contribuição para o PMDB da Bahia, com o objetivo de ajudar os candidatos do partido no Estado’."

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