A cartada de Neto

Deputado federal ACM Neto garante que relatório final da CPI dos Correios omitiu nome do filho do ex-presidente Lula, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, cuja empresa, a Gamecorp, recebeu investimento de R$ 5 milhões da Oi; Planalto teria interferência direta na decisão

A cartada de Neto
A cartada de Neto (Foto: Divulgação)


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Em ritmo de campanha eleitoral, o deputado federal e candidato a prefeito de Salvador pelo Democratas, ACM Neto, denunciou que o relatório final da CPI dos Correios omitiu o filho do ex-presidente Lula, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, cuja empresa, a Gamecorp, recebeu investimento de R$ 5 milhões da Oi. Posteriormente, Lula alterou a lei das telecomunicações, permitindo que a Oi comprasse a Brasil Telecom e formasse a supertele nacional.

Segundo Neto afirmou ao jornal Folha de São Paulo, na segunda-feira anterior à votação do relatório final, foi avisado por Serraglio de que era preciso retirar o nome de Lulinha. "Não sei de quem partiu a ordem para tirar o nome do Lulinha, mas aceitei porque era o acordo ou nada.

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De acordo com reportagem da Folha desta segunda-feira, foram suprimidos trechos como "por envolver, naturalmente, como beneficiário, o filho do presidente da República". Ficou de fora um parágrafo inteiro que criticava o Ministério da Fazenda e juntas comerciais de diversos Estados que não responderam aos pedidos da CPI por informações sobre a Gamecorp.

A Fazenda, segundo o texto de ACM Neto, respondeu que repassar essas informações "poria em risco os interesses legítimos da empresa".

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Pressão do Planalto

O presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), disse à Folha que conversou com Lula diversas vezes e que houve pressão "de todos os lados", mas silenciou sobre a origem da ordem para retirar o nome de Lulinha.

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Serraglio confirma as pressões do Planalto. "Essas informações chegavam para gente, 'ou vocês retiram ou nós vamos criar dificuldades para aprovar'", disse. "Tinham pessoas mais próximas [do Planalto] que acompanhavam, o Carlos Abicalil (PT-MT), o Jorge Bittar (PT-RJ), era a tropa da frente."

Para Delcídio e Serraglio, se o nome de Lulinha tivesse sido mantido, o relatório não teria sido aprovado. Mencionar Lulinha seria o mesmo que citar o presidente.

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Vale lembrar que ACM Neto é o líder nas pesquisas eleitorais da capital baiana e uma das esperanças do Democratas de não sucumbir. Sua candidatura representa uma das últimas cartadas do Carlismo no estado, que é governado pelo PT há 6 anos. Agora pra Neto ou vai ou racha!

 

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