MP denuncia autores de e-mails contra nordestinos

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou três homens por discriminação contra nordestinos veiculada em e-mails enviados  à Escola de Samba Acadêmicos do Tucuruvi. Em 2011, a agremiação desfilou com o enredo Oxente, o que Seria da Gente sem Esta Gente? São Paulo, A Capital do Nordeste; os denunciados enviaram uma série de mensagens criticando a escolha com termos que, segundo o MP-SP, caracterizam discriminação e preconceito contra os nordestinos que residem em São Paulo

MP denuncia autores de e-mails contra nordestinos
MP denuncia autores de e-mails contra nordestinos (Foto: Fabio Braga)


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Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou três homens por discriminação contra nordestinos veiculada em e-mails enviados  à Escola de Samba Acadêmicos do Tucuruvi. Em 2011, a agremiação desfilou com o enredo Oxente, o que Seria da Gente sem Esta Gente? São Paulo, A Capital do Nordeste.

Os denunciados enviaram em dezembro de 2010 uma série de mensagens criticando a escolha com termos que, segundo o MP-SP, caracterizam discriminação e preconceito contra os nordestinos que residem em São Paulo.

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Nas mensagens, os denunciados  E.G.F., L.C.S.B. e C.C.B.S. fizeram comentários como “Temos de valorizar a cultura paulista e não esse povinho de cabeça chata” e  “Querem exaltar o Nordeste, desfilem por lá e não na minha cidade que se chama São Paulo, capital do estado de São Paulo”. Outro e-mail diz: “Vocês deveriam ser proibidos de desfilar em uma avenida da minha cidade o enredo nojento e racista desses”.

De acordo com o promotor  Ludgero Francisco Sabella, os termos “indicam discriminação praticada pelos denunciados em relação à precedência e a radicação dos nordestinos nesta cidade de São Paulo”.

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Em cumprimento a uma decisão judicial, os provedores de e-mail tiveram que informar a identidade dos titulares das contas que enviaram as mensagens. Um deles faz parte de uma comunidade separatista chamada  Movimento República de São Paulo.

Com base na  Lei do Crime Racial, os denunciados podem ser condenados a até três anos de prisão. O Ministério Público, de acordo com sua assessoria, espera que a Justiça decida ainda nesta semana sobre a aceitação da denúncia, apresentada na última quarta-feira (3).

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