Seca: "Bahia foi o único estado a não ter projetos"

Ex-ministro da Integração Nacional, o atual vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, Geddel Vieira Lima (PMDB), disse que antes de deixar a pasta, em 2009, oficiou todos os estados que têm pré-disposição a ser afetados pela estiagem pedindo projetos de prevenção aos efeitos; "A Bahia foi o único que não respondeu"; peemedebista diz ainda que o governador Jaques Wagner (PT) "abandonou" o planejamento hídrico deixado pelo ex-governador Paulo Souto (DEM)

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Bahia 247

Pré-candidato ao governo do estado pelo PMDB, o vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, Geddel Vieira Lima, detalha os "erros" e a falta de planejamento do ex-aliado Jaques Wagner (PT) para o enfrentamento da seca que assola o Nordeste e castiga mais da metade dos municípios da Bahia há dois anos.

Em entrevista à rádio Tudo FM Geddel disse que enquanto ministro da Integração Nacional (deixou a pasta em 2009), a Bahia foi o único estado nordestino a não apresentar projetos de combate à estiagem.

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Segundo o peemedebista, "o pouco" que o governo fez foi de forma equivocada. "Em 2005 a Bahia tinha um Plano Estadual de Recursos Hídricos, que identificou 215 reservatórios com capacidade para algo em torno de 100 mil metros cúbicos de água e mais 24 reservatórios com capacidade de acumulação acima de 25 milhões de metros cúbicos, incluindo Sobradinho e Itaparica.

E previa a construção, de 2007 a 2020, de cerca de seis outros reservatórios com custo estimado de R$ 640 milhões de reais. Algo muito aquém de muitas das obras que têm sido anunciadas com certo estardalhaço e que, apesar de não saírem do papel, mostram, ao meu ver, um certo equívoco na sua prioridade".

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Ao lamentar a situação, Geddel lembrou que "governos" passados, leia-se César Borges (PR) e Paulo Souto (DEM), já haviam sinalizado algum tipo de ação no combate à seca, como construção de barragens.

Ele argumenta que, ao contrário de um planejamento estratégico, Wagner priorizou a adoção de um sistema baseado "exclusivamente" na implantação de cisternas. "Ora, cisterna é boa para acumular água se você tem água para acumular. Se não chove, como é que você vai captar água, se não tem um sistema de distribuição, se não tem barragens?".

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O peemedebista finalizou as críticas dizendo que Jaques Wagner priorizou o anúncio de obras com caráter "eleitoreiro" para se reeleger em 2010.

"Na campanha passada, as televisões, rádios e ruas da Bahia foram anunciadas com outdoors dando como concluído um processo de combate à questão da seca e criando as condições para a convivência com a seca. Anunciaram milhares de barragens, botaram senhoras de idade dando depoimentos emocionados dizendo que estava levando água a mais da metade da população da Bahia. Falava-se em números que eu dizia não serem verdadeiros. Não havia nem tempo para isso. No entanto, na primeira grande seca, veja o que esta acontecendo".

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Geddel disse ao vivo na rádio que as críticas não eram "vazias" e que estava de posse de documentos que comprovam tudo o que ele falou.

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