Brito, Calmon, JB, Luislinda: o Judiciário vai fechar!

É delegado virando deputado. É juiz virando vereador. É ministro virando prefeito. É bilionário virando senador. A política deve ter alguma coisa que interesse "muito"



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Vive-se uma crise ética. Ou moral. Até aí nada de mais. A sociedade se acostumou a dizer "dane-se" para qualquer coisa, ou sua corruptela que começa por "f" mais deliciosa de se falar. Mas a quarentena que garantia certa compostura a "autoridades", jamais cumprida, deveria ser algo de foro íntimo. Para muitos continua sendo. Entretanto, para outros não poucos, além de não existir, é o próprio cargo público que estranhissimamente é usado como trampolim.

Ayres Brito, Eliana Calmon, Joaquim Barbosa, Luislinda Valois são meros exemplos de magistrados que, ao que tudo indica, se lançaram às coxas quentes da política e sua sedução hipnótica. Algo aí está errado. Tanto mais estará quanto a defesa para a possibilidade política for formalista e autoritária. Do tipo: "-não há nada ilegal, não há crime, a lei não proíbe".

O problema com certos cargos não é o que a lei proíbe, mas o que uma moral média deve nortear. Não se buscam santos. Não se tenta o primarismo mental farisaico da santidade ou da pureza. Mas uma dose visível de comedimento com a política partidária. Sim, ela. A menos que tudo já tenha virado um oba oba e esqueceram de avisar.

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Por que a imprensa vem "denunciando" essas situações eleitorais de autoridades como escândalos jornalísticos? Será que a imprensa enlouqueceu? Há uma aí uma carniçaria jornalística demente? Certamente não. Um quantum de indecorosidade indefensável está no ar com essas situações.

Ou então estipula-se um combinado social: acabou, de vez, a tal respeitabilidade de certos cargos públicos no sentido de que há um vale tudo. O sujeito pode estar trabalhando no seu pomposo cargo, exigindo respeitosidades venerandas, quase papais, e estar de olho mundano e popular, bem popular, numa preocupação carnal com sua candidatura, cabos eleitorais, reuniões, jantares, conchavos e favores. Mais conchavos e favores do que tudo o mais. O ambiente normal da política. Tempo para isso parece não ser o problema. Nem um pouquinho.

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O "famigerado" site Conjur, fez a "odiosa" conta que causou tanta revolta, ira e ódio em não poucas "autoridades". Lê-se, sobre o cálculo temporal das delícias e folgas: "A revista Consultor Jurídico já fez de quantos dias o juiz trabalha por ano, de acordo com a previsão legal. Subtraídos finais de semana, feriados, férias, recessos e outras folgas, sobram apenas seis meses por ano para o Judiciário trabalhar". Quiseram prender os jornalistas, fechar o site, demonizar o editor. O segredo revelado foi infame. Mas aí deve estar um exemplo matemático de que a matemática erra. Certamente foi isso, erro de matemática, e ficamos combinados.

E o CNJ? Vai bem obrigado.

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É delegado virando deputado. É juiz virando vereador. É ministro virando prefeito. É bilionário virando senador. A política deve ter alguma coisa que interesse "muito". Mas muito mesmo. Ou então vive-se um momento de altíssima dedicação sôfrega e cidadania eleitoral potencializada à qual figuras ilustres aceitam ganhar menos e se sacrificar pela melhoria de vida do povo com a contribuição pessoal na política.

Não há qualquer sinal de mudança ou melhora neste quadro complicado. Ao contrário, a crise se agudiza a cada dia. A "vingança" social é a revelação pública dos fatos numa imprensa livre. Pelo menos com a democracia eles podem ser contados.

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