Vítima de Abdelmassih decide processar Gilmar

Vanuzia Leite Lopes, de 54 anos, conta ter piorado da síndrome do pânico que desenvolveu, após ser violentada por Roger Abdelmassih, quando o ministro do STF Gilmar Mendes o tirou da cadeia, em 2009; "Decidi que vou entrar com uma representação contra Mendes, por sofrimento desnecessário", anuncia a vítima, que disse ter começado a estudar direito para entender "como podem ter soltado um homem que foi condenado com a maior pena por estupro"; à época presidente do Supremo, ministro soltou Abdelmassih sob o entendimento de que, como ele estava impedido de exercer a profissão, não fazia mais sentido mantê-lo preso

Vanuzia Leite Lopes, de 54 anos, conta ter piorado da síndrome do pânico que desenvolveu, após ser violentada por Roger Abdelmassih, quando o ministro do STF Gilmar Mendes o tirou da cadeia, em 2009; "Decidi que vou entrar com uma representação contra Mendes, por sofrimento desnecessário", anuncia a vítima, que disse ter começado a estudar direito para entender "como podem ter soltado um homem que foi condenado com a maior pena por estupro"; à época presidente do Supremo, ministro soltou Abdelmassih sob o entendimento de que, como ele estava impedido de exercer a profissão, não fazia mais sentido mantê-lo preso
Vanuzia Leite Lopes, de 54 anos, conta ter piorado da síndrome do pânico que desenvolveu, após ser violentada por Roger Abdelmassih, quando o ministro do STF Gilmar Mendes o tirou da cadeia, em 2009; "Decidi que vou entrar com uma representação contra Mendes, por sofrimento desnecessário", anuncia a vítima, que disse ter começado a estudar direito para entender "como podem ter soltado um homem que foi condenado com a maior pena por estupro"; à época presidente do Supremo, ministro soltou Abdelmassih sob o entendimento de que, como ele estava impedido de exercer a profissão, não fazia mais sentido mantê-lo preso (Foto: Gisele Federicce)


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247 – Uma das 39 mulheres que denunciaram terem sido abusadas por Roger Abdelmassih, Vanuzia Leite Lopes, de 54 anos, anuncia que decidiu processar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Em 2009, o então presidente da Corte foi responsável por soltar Abdelmassih, na véspera de Natal, sob a alegação de que, como ele estava impedido de exercer a profissão, não fazia mais sentido mantê-lo preso.

O médico, que tinha uma das maiores clínicas especializadas em reprodução assistida no Brasil, estava preso preventivamente desde agosto daquele ano, sob a acusação de estuprar pacientes. "O argumento de que, em liberdade, poderia o paciente voltar a cometer a mesma espécie de delito em sua atividade profissional assenta-se em mera especulação, sem mínima base fática", justificou Gilmar Mendes à época.

Após a prisão de Abdelmassih no Paraguai essa semana, relatos das vítimas vieram à tona e Vanuzia contou que, por conta dos dois estupros que sofreu do então médico, desenvolveu síndrome do pânico. Segundo ela, os sintomas do problema vinham melhorando, mas quando o criminoso foi solto por Mendes, ela piorou de novo.

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Em 1993, ano do crime, ela disse ter ido à delegacia e ao conselho de medicina, mas ninguém lhe deu ouvidos. "Em 2008, sofri outro estupro, digamos assim. Tive que contar minha história na frente da juíza, enfrentar os advogados dele, enfrentar esse homem de novo. Aí que eu desenvolvi síndrome do pânico", disse Vanuzia à Folha de S. Paulo.

"Depois de dois anos comecei a melhorar. Então, o Gilmar Mendes [ministro do STF] soltou ele. Piorei de novo", prossegue. "Decidi que vou entrar com uma representação contra Mendes, por sofrimento desnecessário. Sofremos abuso, a sequela do abuso, a exposição durante processo. E sofremos agora, de novo, para colocá-lo na cadeia".

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A vítima relata ainda ter decidido estudar direito para entender como uma decisão como essa era possível. "Eu comecei a estudar direito para justamente entender como podem ter soltado um homem que foi condenado com a maior pena por estupro, que pegou as vítimas no momento mais vulnerável".

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