Dilma: erro do IBGE foi simples e de fácil detecção

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247 - A presidente Dilma Rousseff considerou "um erro simples" a falha do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD), que levou a uma divulgação incorreta dos dados sobre a desigualdade no país. Apesar de considerar o erro como algo de fácil detecção, a presidente evitou apontar culpados pela falha. Dilma também negou que o IBGE esteja sendo alvo de um sucateamento como afirmado pela oposição e que a instituição" é independente de terceiros". 

"O IBGE é um órgão independente de terceiros. E isso é bom, não é ruim. Por isso temos que garantir as investigações ...", escreveu a presidente em sua conta no Twitter. "O erro cometido é facilmente detectável, quem mexe com estatística sabe disso", completou. Para ela, o IBGE "é um órgão competente, reconhecido e respeitado".

Para Dilma, a permanência de Wasmália Bivar na presidência do instituto vai depender do resultado da sindicância que foi abaeta para apurar o ocorrido. "Eu, em princípio, não julgo ninguém antes das provas, mas a decisão dela [Wasmália Bivar] a respeito do conforto [em permanecer à frente do IBGE] é dela, não minha. Se se caracterizar qualquer falta, é óbvio que ela não pode ficar no cargo", disse a presidente Dilma durante entrevista na tarde deste domingo (21).

A polêmica em torno do IBGE começou na última sexta-feira (19), quando o instituto anunciou a correção dos dados da Pnad que haviam sido divulgadas no dia anterior. As falhas teriam acontecido porque o peso de algumas regiões metropolitanas analisadas tinham sido superestimados. "Ficamos tão surpresos quanto todo mundo. Nós só fomos ver que tinha um equívoco na ponderação no final da tarde, depois que uma porção de gente também tinha visto", afirmou.

Na entrevista, a presidente também rebateu as críticas de que o IBGE esteja sucateado. Segundo ela, durante a sua gestão, 834 servidores foram contratados para trabalhar no instituto "Dá um aumento de funcionários [do IBGE] em torno de 7% do governo Lula até 2013"assegurou. Dilma disse, ainda, que não existem problemas de gestão no IBGE e afirmou que o órgão é independente.

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