Substituto de Costa nega corrupção na Petrobras

Em um depoimento sem novidades, o atual diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, afirmou nesta quarta (29) que nunca ouviu falar em cartel de empresas para bancar esquema de propina na estatal, como foi citado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal por suspeita de participar de esquema que teria desviado R$ 10 bilhões da petrolífera; “Desconheço a existência disso. Sou diretor da área de Abastecimento, meu trabalho é conduzir o suprimento do País. Nunca escutei algo sobre cartel”, disse

Em um depoimento sem novidades, o atual diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, afirmou nesta quarta (29) que nunca ouviu falar em cartel de empresas para bancar esquema de propina na estatal, como foi citado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal por suspeita de participar de esquema que teria desviado R$ 10 bilhões da petrolífera; “Desconheço a existência disso. Sou diretor da área de Abastecimento, meu trabalho é conduzir o suprimento do País. Nunca escutei algo sobre cartel”, disse
Em um depoimento sem novidades, o atual diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, afirmou nesta quarta (29) que nunca ouviu falar em cartel de empresas para bancar esquema de propina na estatal, como foi citado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal por suspeita de participar de esquema que teria desviado R$ 10 bilhões da petrolífera; “Desconheço a existência disso. Sou diretor da área de Abastecimento, meu trabalho é conduzir o suprimento do País. Nunca escutei algo sobre cartel”, disse (Foto: Valter Lima)


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Agência Câmara - Em um depoimento sem novidades, o atual diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, afirmou nesta quarta-feira (29) que nunca ouviu falar em cartel de empresas para bancar esquema de propina na estatal, como foi citado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal por suspeita de participar de esquema que teria desviado R$ 10 bilhões da petrolífera.

“Desconheço a existência disso. Sou diretor da área de Abastecimento, meu trabalho é conduzir o suprimento do País. Nunca escutei algo sobre cartel”, disse em resposta ao relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades na estatal, deputado Marco Maia (PT-RS).

Cosenza acrescentou que jamais ouviu falar de pagamento de propina na Petrobras. Em áudio do depoimento de Costa, liberado pela Justiça do Paraná e divulgado pela imprensa, o ex-diretor diz que havia um esquema de propina de 3% do valor dos contratos, percentual que era destinado, em parte, segundo Costa, para atender a PT, PMDB e PP.

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Paulo Roberto Costa
“Desde que assumi a diretoria da Petrobras, tive, no máximo, três telefonemas ao Paulo Roberto Costa”, comentou Cosenza, em resposta se teria conversado com o ex-diretor e poderia ter mantido o suposto esquema de corrupção de seu antecessor. Ele também informou que se encontrou duas vezes pessoalmente com o ex-diretor.

O deputado Rubens Bueno (PPS-PR) disse que a resposta de Cosenza mudou depois de ele ser lembrado que estava falando sob juramento e poderia responder judicialmente por eventuais mentiras.

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Já o líder do PT no Senado, senador Humberto Costa (PE), elogiou a “postura firme” de Cosenza nas respostas e sustentou que não vê problema em o atual diretor ter falado cinco vezes com Paulo Roberto Costa. “Não existe nenhum problema de o senhor ter tido contato com o Paulo Roberto. Primeiro porque ninguém sabia da existência desse esquema e segundo porque nada mais natural do que haver conversa de transição”, declarou o líder.

Punições
Parlamentares da oposição criticaram a falta de punições na diretoria da Petrobras depois de Cosenza ter assumido o posto. “O senhor está lá desde abril de 2012 e nada aconteceu? Nada foi feito, nenhuma punição?”, contestou o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

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Conforme Cosenza, foram instaladas, na estatal, duas comissões internas para analisar todos os contratos das obras de construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), ambas sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU). “Estamos esperando o resultado para tomar alguma decisão. Fazer uma ação sem ter as investigações internas é algo temerário”, explicou o diretor.

“Respostas evasivas”
Os oposicionistas criticaram ainda o que declaram ser uma tática de Cosenza de negar qualquer informação a respeito de irregularidades. “Até a presidente Dilma reconheceu que há desvios na Petrobras e o senhor, que trabalha na área, não reconhece?, indagou o deputado Rubens Bueno (PPS-PR).
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) ironizou as declarações do diretor, dizendo que Cosenza foi “bem treinado” na Petrobras para dar respostas evasivas. Porém, agradeceu o dirigente por concordar em enviar à comissão, em até 15 dias, a relação de todos os contratos de obras e serviços da diretoria de Abastecimento com as empresas que participaram das licitações e os nomes das ganhadoras.

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Já o deputado Afonso Florence (PT-BA) elogiou Cosenza por não cair em nenhuma “casca de banana” das perguntas dos parlamentares da oposição. “O que estamos vivendo aqui é uma tentativa de 3º turno [eleitoral]”, comentou.

Indicação
O diretor afirmou várias vezes que sua escolha para ser sucessor de Paulo Roberto Costa foi técnica e não houve indicação política. “A decisão foi técnica e feita pela presidente [da Petrobras] Graça Foster.”

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Cosenza, concursado há 38 anos na estatal, ressaltou avanços depois de ter assumido em 2008 a gerência-executiva de Refino, uma das seis que fazem parte da Diretoria de Abastecimento. Ele informou que, entre 2008 e 2014, foi reduzida a importação de derivados em 380 mil barris por dia.

Youssef e Argôlo
Cosenza negou conhecer o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e o deputado Luiz Argôlo (SD-BA). “Nunca estive nem com um nem com o outro. Nem os conheço pessoalmente.”

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Reportagens apontaram que a PF interceptou, em setembro de 2013, troca de mensagens entre Youssef - preso por suspeita de comandar esquema bilionário de lavagem de dinheiro - e Luiz Argôlo em que ambos mencionam o nome de José Carlos Cosenza e planejam agendar uma audiência entre o diretor e o doleiro.

Ontem, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprovou a perda do mandato de Argôlo, que poderá recorrer da decisão.

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