Delatores da Camargo denunciam propina em 10 obras

Os dois delatores da cúpula da Camargo Corrêa citaram em depoimentos a procuradores e à Polícia Federal dez obras da Petrobras em que teria havido pagamento de propina e apontaram nomes de novos executivos que tiveram participação no esquema; os delatores Dalton Avancini e Eduardo Leite contaram que a empresa pagou suborno nos contratos do gasoduto Caraguatatuba-Taubaté, na construção da sede da estatal em Vitória (ES), e numa unidade da refinaria Abreu e Lima (PE); a propina paga entre 2007 e 2012 chegou a R$ 110 milhões

Os dois delatores da cúpula da Camargo Corrêa citaram em depoimentos a procuradores e à Polícia Federal dez obras da Petrobras em que teria havido pagamento de propina e apontaram nomes de novos executivos que tiveram participação no esquema; os delatores Dalton Avancini e Eduardo Leite contaram que a empresa pagou suborno nos contratos do gasoduto Caraguatatuba-Taubaté, na construção da sede da estatal em Vitória (ES), e numa unidade da refinaria Abreu e Lima (PE); a propina paga entre 2007 e 2012 chegou a R$ 110 milhões
Os dois delatores da cúpula da Camargo Corrêa citaram em depoimentos a procuradores e à Polícia Federal dez obras da Petrobras em que teria havido pagamento de propina e apontaram nomes de novos executivos que tiveram participação no esquema; os delatores Dalton Avancini e Eduardo Leite contaram que a empresa pagou suborno nos contratos do gasoduto Caraguatatuba-Taubaté, na construção da sede da estatal em Vitória (ES), e numa unidade da refinaria Abreu e Lima (PE); a propina paga entre 2007 e 2012 chegou a R$ 110 milhões (Foto: Valter Lima)


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247 - Os dois delatores da cúpula da Camargo Corrêa citaram em depoimentos a procuradores e à Polícia Federal dez obras da Petrobras em que teria havido pagamento de propina e apontaram nomes de novos executivos que tiveram participação no esquema.

Os delatores Dalton Avancini, presidente da empreiteira, e Eduardo Leite, vice-presidente, contaram em depoimentos prestados após fecharem acordos de delação que a empresa pagou suborno nos contratos do gasoduto Caraguatatuba-Taubaté, na construção da sede da estatal em Vitória (ES), e numa unidade da refinaria Abreu e Lima (PE). A propina paga entre 2007 e 2012 chegou a R$ 110 milhões, segundo Leite. A diretoria de Serviços, indicada pelo PT, ficou com R$ 63 milhões; já a de Abastecimento, entregue ao PP, levou R$ 47 milhões.

As duas delações mencionam executivos que integravam o esquema e continuam em cargos de direção na empreiteira. Também são citados fatos que os investigadores da Lava Jato ignoravam.

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Segundo Dalton Avancini, o executivo que o antecedeu na presidência, Antonio Miguel Marques, tinha um contrato de R$ 20 milhões com o empresário Julio Camargo, mas nenhum serviço de consultoria foi prestado. O contrato, segundo ele, "servia para o pagamento de propinas à diretoria de Serviços da Petrobras, então ocupada por Renato Duque".

Marques ocupa a presidência da GRU Airport, que administrava o aeroporto de Cumbica (SP). Ele deve deixar o cargo nos próximos dias. A OAS, também investigada na Lava Jato, tem participação na empresa que opera o aeroporto.

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Avancini diz que ficou sabendo do contrato de R$ 20 milhões para pagar suborno por meio de Leonel Queiroz Viana, que ocupou a diretoria de óleo e gás da Camargo Corrêa até 2009.

Foi Viana quem assinou o contrato para fazer uma obra na Repar (Refinaria Presidente Getúlio Vargas), Paraná, na qual houve pagamento de R$ 3,6 milhões por meio de uma empresa que fornecia tubos para a empreiteira, a Sanko.

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O presidente do conselho da Camargo Corrêa, João Auler, é apontado por Leite como participante de uma reunião em 2009 com o deputado federal José Janene (PP-PR), que morreu em 2010, para acertar o pagamento de propina na diretoria de Abastecimento, comandada por Paulo Roberto Costa. Foi Janene quem indicou Costa ao cargo. Auler está preso desde novembro e não quis fazer acordo de delação premiada.

Outro executivo citado por Leite é o atual diretor de óleo e gás da Camargo, Paulo Augusto Santos Silva. Ele teve a ideia de empregar fornecedores da Camargo para repassar propina, segundo Leite. Isso ocorreu após a empreiteira ter concluído que as empresas usadas por Youssef para repasse de suborno não passavam pelo teste mínimo de checagem, já que não tinham nem empregados.

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Santos Silva, de acordo com Leite, fazia esses acertos com Youssef, que forneceu ao diretor de óleo e gás um celular para falar exclusivamente com ele. Ele também sabia que a empresa pagou um suborno de R$ 2,2 milhões ao ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, tudo de acordo com Leite.

Outro citado é o ex-presidente da empreiteira Antonio Carlos Miguel, que depois fez parte do conselho de administração da Camargo, encarregado, entre outras tarefas, de zelar pelo código de ética nos negócios do grupo. Ele saiu do conselho em 2012.

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