Vannuchi sobre Cunha: “democracia está em risco”

Analista político lembra que o início da votação hoje será um gesto de inimizade do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com a presidente Dilma; "Convidado pelo presidente da Câmara, o novo relator do projeto será Rodrigo Maia (DEM). Portanto, Cunha articulou grandes inimigos de Dilma para se unir a ele no trabalho, que é um pouco de chantagem e de oposição parlamentar", afirma

Analista político lembra que o início da votação hoje será um gesto de inimizade do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com a presidente Dilma; "Convidado pelo presidente da Câmara, o novo relator do projeto será Rodrigo Maia (DEM). Portanto, Cunha articulou grandes inimigos de Dilma para se unir a ele no trabalho, que é um pouco de chantagem e de oposição parlamentar", afirma
Analista político lembra que o início da votação hoje será um gesto de inimizade do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com a presidente Dilma; "Convidado pelo presidente da Câmara, o novo relator do projeto será Rodrigo Maia (DEM). Portanto, Cunha articulou grandes inimigos de Dilma para se unir a ele no trabalho, que é um pouco de chantagem e de oposição parlamentar", afirma (Foto: Gisele Federicce)


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Rede Brasil Atual - "Com os golpes de Cunha, a democracia corre riscos", afirmou o analista político Paulo Vannuchi, em sua coluna, hoje (26), para a Rádio Brasil Atual, ao comentar sobre acordo entre líderes partidários e o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha para a ordem de votação dos temas da reforma política.

"Eduardo Cunha deu mais uma 'tratorada' na minoria no Legislativo, composta pelo PT, PCdoB e o Psol, decidiu que o projeto não será votado mais na Comissão Especial. Portanto, os anos de trabalho foram jogados fora, e pode ser que a partir de hoje, comece a se votar diretamente em plenário propostas fatiadas de reformas políticas", explica.

Vannuchi relata que o veto da votação foi bastante protestado no plenário. "O relator da proposta, Marcelo Castro (PMDB), disse que foi uma decisão desnecessária. Chico Alencar, líder do Psol, disse que a comissão especial foi esfaqueada. O líder do PT, Sibá Machado, disse que o rito parlamentar foi violado."

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O analista lembra que o início da votação hoje será um gesto de inimizade de Cunha com Dilma. "Convidado pelo presidente da Câmara, o novo relator do projeto será Rodrigo Maia (DEM). Portanto, Cunha articulou grandes inimigos de Dilma para se unir a ele no trabalho, que é um pouco de chantagem e de oposição parlamentar."

.Dois temas serão prioritárias na votação: o chamado distritão e o financiamento de campanha eleitoral.

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"Sobre o financiamento, ou você mantém como é hoje, ou piora. O pensamento de Cunha é colocar o financiamento privado na Constituição. Ou seja, o caos que já vivemos, do predomínio absoluto do poder econômico e das corrupção, irá piorar ainda mais", explica.

Vannuchi afirma que o distritão é um perigo para a democracia. "É uma experiência que não existe, só no Afeganistão e na Jordânia. Além de um sistema que não tem mais a proporcionalidade, ou seja, se 5% do país pensam de um jeito e elegem essa mesma porcentagem dos seus representantes, a democracia fica fortalecida, por que respeita os direitos das minorias. Entretanto, a proposta que Temer e Cunha abraçam acaba com isso, ou seja: o estado de São Paulo vai ser separado em distritos, e cada distrito elege só um, dando fim à proporcionalidade, e quem vai ganhar esses votos é quem tem mais poder econômico".

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Segundo o analista, outro tema polêmico que será discutido é a unificação das eleições, sobre o que há pontos a favor e contra. "Se você tem eleição a cada dois anos, você convida o eleitor a participar com mais frequência e isso é bom, porque a classe política, quando precisa do voto popular se torna mais sensível aos anseios do povo. Porém, se unir as eleições, supera um problema atual, na qual nos anos de eleições ficam praticamente inviabilizados os lançamentos de obras e licitações, para evitar o manuseio de verbas, havendo uma paralisia de governo."

Vannuchi afirma ainda que as ofensivas do presidente da Câmara contra o governo vão levá-lo ao enfraquecimento político. "Eduardo Cunha está gerando descontentamento dentro da sua base em Brasília. Essa força que ele tem começa a se esgotar."

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