'Impedir vítimas de estupro de tomar contraceptivo é deixar o agressor impune'

Senadora eleita pelo estado com maior número de estupros no Brasil, Roraima, Ângela Portela (PT) afirma que a decisão de proibir a entrega da pílula do dia seguinte para mulheres vítimas de estupro, aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara, "é uma forma de penalizá-las mais uma vez, ao mesmo tempo em que dá impunidade ao agressor"; para a senadora, a decisão dificulta ainda mais o combate ao estupro; "Se o projeto visa penalizar as mulheres que usarem a pílula, por causa do estupro, estaremos diante da não punibilidade do agressor. Daí, o combate ao estupro ficará mais difícil"

Senadora eleita pelo estado com maior número de estupros no Brasil, Roraima, Ângela Portela (PT) afirma que a decisão de proibir a entrega da pílula do dia seguinte para mulheres vítimas de estupro, aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara, "é uma forma de penalizá-las mais uma vez, ao mesmo tempo em que dá impunidade ao agressor"; para a senadora, a decisão dificulta ainda mais o combate ao estupro; "Se o projeto visa penalizar as mulheres que usarem a pílula, por causa do estupro, estaremos diante da não punibilidade do agressor. Daí, o combate ao estupro ficará mais difícil"
Senadora eleita pelo estado com maior número de estupros no Brasil, Roraima, Ângela Portela (PT) afirma que a decisão de proibir a entrega da pílula do dia seguinte para mulheres vítimas de estupro, aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara, "é uma forma de penalizá-las mais uma vez, ao mesmo tempo em que dá impunidade ao agressor"; para a senadora, a decisão dificulta ainda mais o combate ao estupro; "Se o projeto visa penalizar as mulheres que usarem a pílula, por causa do estupro, estaremos diante da não punibilidade do agressor. Daí, o combate ao estupro ficará mais difícil" (Foto: Romulo Faro)


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247 - Senadora eleita pelo estado com maior número de estupros no Brasil, Roraima, Ângela Portela (PT) afirma que a decisão de proibir a entrega da pílula do dia seguinte para mulheres vítimas de estupro, aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara Federal na última semana, "é uma forma de penalizá-las mais uma vez, ao mesmo tempo em que dá impunidade ao agressor".

Para a senadora, a decisão dificulta ainda mais o combate ao estupro. "Se o projeto visa a penalizar as mulheres que usarem a pílula, por causa do estupro, estaremos diante da não punibilidade do agressor. Daí, o combate ao estupro ficará mais difícil", diz Ângela Portela em entrevista ao site Rede Brasil Atual

"Há um estereótipo de que as mulheres vítimas de estupro são culpadas. Tudo pode justificar o crime: ela estava andando sozinha, ela estava de saia curta, ela bebeu, ela entrou no carro, ela deixou ele entrar no apartamento."

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Apenas em 2014, foram registrados 47.646 estupros no Brasil, segundo dados oficiais das secretarias estaduais da Segurança coletados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Foram contabilizadas ainda, 5.042 tentativas de estupro.

Roraima é o estado com a maior taxa do país: 55,5 casos a cada 100 mil habitantes. Espírito Santo tem a menor média: 6,1. Só outros três estados têm uma taxa inferior a 10 a cada 100 mil: Rio Grande do Norte (8,7), Goiás (9,4) e Minas Gerais (7,1).

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A senadora não foi específica nas questões relativas a seu estado. "De modo geral, falando do Brasil como um todo, acredito que o tradicionalismo e o perfil machista e violento da sociedade têm uma interferência no quantitativo de crimes, especialmente nas ocorrências de estupro", diz Ângela Portela.

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