Janine Ribeiro: ‘nem Lula, nem Dilma bloquearam a PF’

"Ouve-se que nunca houve tanta corrupção quanto hoje e, ao mesmo tempo, que nunca teve tanta gente processada e condenada. Para isso, a Polícia Federal, que é um braço do Executivo, tem sido decisiva. O Executivo, se quisesse, bloqueava a ação da PF. Não bloqueou nem com Lula nem com Dilma. Eles municiaram a PF e hoje se tem maior percepção sobre a corrupção e menor tolerância", avalia o ex-ministro da Educação e filósofo Renato Janine Ribeiro; ele alerta ainda o vice-presidente da República, Michel Temer, para não ser traidor como Café Filho; "Café Filho é um modelo calamitoso de vice que traiu o presidente e se aliou à oposição, aproveitando o fato que [Getúlio] Vargas tinha perdido todo o apoio de classes dominantes. Temer não pode ser igual a Café Filho, um traidor"

"Ouve-se que nunca houve tanta corrupção quanto hoje e, ao mesmo tempo, que nunca teve tanta gente processada e condenada. Para isso, a Polícia Federal, que é um braço do Executivo, tem sido decisiva. O Executivo, se quisesse, bloqueava a ação da PF. Não bloqueou nem com Lula nem com Dilma. Eles municiaram a PF e hoje se tem maior percepção sobre a corrupção e menor tolerância", avalia o ex-ministro da Educação e filósofo Renato Janine Ribeiro; ele alerta ainda o vice-presidente da República, Michel Temer, para não ser traidor como Café Filho; "Café Filho é um modelo calamitoso de vice que traiu o presidente e se aliou à oposição, aproveitando o fato que [Getúlio] Vargas tinha perdido todo o apoio de classes dominantes. Temer não pode ser igual a Café Filho, um traidor"
"Ouve-se que nunca houve tanta corrupção quanto hoje e, ao mesmo tempo, que nunca teve tanta gente processada e condenada. Para isso, a Polícia Federal, que é um braço do Executivo, tem sido decisiva. O Executivo, se quisesse, bloqueava a ação da PF. Não bloqueou nem com Lula nem com Dilma. Eles municiaram a PF e hoje se tem maior percepção sobre a corrupção e menor tolerância", avalia o ex-ministro da Educação e filósofo Renato Janine Ribeiro; ele alerta ainda o vice-presidente da República, Michel Temer, para não ser traidor como Café Filho; "Café Filho é um modelo calamitoso de vice que traiu o presidente e se aliou à oposição, aproveitando o fato que [Getúlio] Vargas tinha perdido todo o apoio de classes dominantes. Temer não pode ser igual a Café Filho, um traidor" (Foto: Gisele Federicce)


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247 – "O Executivo, se quisesse, bloqueava a ação da Polícia Federal", mas nem o governo da presidente Dilma Rousseff, nem o de seu antecessor, Lula, o fizeram. A observação é do ex-ministro da Educação e filósofo Renato Janine Ribeiro em entrevista ao jornal Valor Econômico.

"Corrupção é diferente de percepção que se tem dela. Na ditadura as pessoas não podiam saber dos desvios. Tenho dúvida se não tinha tanta corrupção quanto agora. Ouve-se que nunca houve tanta corrupção quanto hoje e, ao mesmo tempo, que nunca teve tanta gente processada e condenada. Para isso, a Polícia Federal, que é um braço do Executivo, tem sido decisiva", avaliou.

"O Executivo, se quisesse, bloqueava a ação da PF. Não bloqueou nem com Lula nem com Dilma. Eles municiaram a PF e hoje se tem maior percepção sobre a corrupção e menor tolerância. Mas não é um caminho sem volta. A Procuradoria-Geral da República pode ser neutralizada. Basta que se volte a nomear engavetadores para comandá-la, sem independência. No caso da Polícia Federal e do Ministério Público, é possível bloquear processos de investigação", acrescentou o ex-ministro.

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Na opinião de Janine Ribeiro, "o impeachment não existiria se a economia estivesse crescendo". Ele prevê que haverá "uma redução da temperatura política e os setores que apostaram as fichas no impeachment ficarão de certa forma desvalorizados". "Não quer dizer que o governo continuará como está e provavelmente terá um reforço político. Agora se a situação econômica continuar crítica, será preciso uma nova política que considere a retomada do crescimento", analisa.

O professor da USP acredita que um eventual governo do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), poderá ser ainda mais impopular que o de Dilma. "Um governo de oposição, ainda que do Temer, deve ser mais radical nos cortes e vai gerar indignação", diz. Ele também alerta Temer para que o peemedebista não seja um "traidor", como Café Filho.

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"Itamar Franco e Café Filho são dois exemplos distintos de vice. Itamar é o modelo bem sucedido de vice que assumiu sem nenhuma mancha de ter conspirado e com ampla popularidade porque Collor estava muito desmoralizado. Café Filho é um modelo calamitoso de vice que traiu o presidente e se aliou à oposição, aproveitando o fato que perdido todo o apoio de classes dominantes. Temer não pode ser igual a Café Filho, um traidor", afirmou.

Acesse aqui a íntegra da entrevista para assinantes.

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