Nobel da Paz diz que Brasil deve liderar combate ao trabalho infantil

O vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2014, Kailash Satyarthi, sugeriu nesta quinta (4) que o Brasil lidere as discussões sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas relacionados ao combate ao trabalho infantil e afirmou que o país é exemplo nessa matéria; ao se encontrar com a presidente Dilma Rousseff, Satyarthi propôs que o governo brasileiro organize uma conferência internacional sobre o tema

O vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2014, Kailash Satyarthi, sugeriu nesta quinta (4) que o Brasil lidere as discussões sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas relacionados ao combate ao trabalho infantil e afirmou que o país é exemplo nessa matéria; ao se encontrar com a presidente Dilma Rousseff, Satyarthi propôs que o governo brasileiro organize uma conferência internacional sobre o tema
O vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2014, Kailash Satyarthi, sugeriu nesta quinta (4) que o Brasil lidere as discussões sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas relacionados ao combate ao trabalho infantil e afirmou que o país é exemplo nessa matéria; ao se encontrar com a presidente Dilma Rousseff, Satyarthi propôs que o governo brasileiro organize uma conferência internacional sobre o tema (Foto: Valter Lima)


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Agência Brasil - O vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2014, Kailash Satyarthi, sugeriu hoje (4) que o Brasil lidere as discussões sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas relacionados ao combate ao trabalho infantil. Ao se encontrar com a presidenta Dilma Rousseff, Satyarthi propôs que o governo brasileiro organize uma conferência internacional sobre o tema.

De acordo com o ativista indiano, os países estão se preocupando cada vez mais com temas relacionados à melhoria das condições de vida das crianças como saúde, alfabetização e adesão escolar. “Pela primeiríssima vez na história, questões relativa a crianças, como trabalho infantil qualidade da educação e educação inclusiva, encontraram espaço nos atuais objetivos de desenvolvimento sustentável”, disse.

Segundo Satyarthi, os índices de trabalho infantil no Brasil são preocupantes, mas têm caído nos últimos anos. O vencedor do Nobel da Paz disse que também conversou com Dilma sobre ações de combate ao vírus Zika, que ele considera um problema “grave” e “sério”.

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Dilma informou o ativista sobre a atuação do governo brasileiro em parceria com organismos internacionais e com outros países, como os Estados Unidos, no desenvolvimento de uma vacina contra o vírus Zika, que está relacionado a casos de microcefalia. Kailash Satyarthi foi premiado com o Nobel da Paz em 2014 por seu trabalho pela erradicação do trabalho infantil e contra o trabalho escravo.

Confira abaixo a reportagem publicada pelo Blog do Planalto:

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Nobel da Paz diz que Brasil é exemplo e deve liderar combate ao trabalho infantil no mundo

O ativista indiano Kailash Satyarthi, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2014 pelo seu trabalho para a erradicação do trabalho infantil e contra o trabalho escravo, afirmou que o Brasil tem todas as condições de encabeçar uma conferência global, a fim de propor uma agenda abrangente sobre as questões de interesse das crianças. Ele afirmou que esse foi um dos principais temas da conversa que teve com a presidenta Dilma Rousseff nesta quinta-feira (4), em Brasília.

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"Durante 15 anos a fio o número de crianças trabalhando no Brasil vem caindo de forma notável. Sempre fui um grande admirador da sociedade brasileira e do Brasil como País. Particularmente do sucesso das instituições democráticas, da democracia, dos mecanismos de instituições que Brasil têm implementado e que têm servido de modelo para todo o mundo", destacou.

O ativista elogiou também o Bolsa Família. Para ele, foi o programa de transferência de rende que promoveu a saúde, reduziu a pobreza aguda, o trabalho infantil e o analfabetismo nos últimos 12 anos de forma notável.

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"Isso foi possível graças ao forte papel desempenhado pela sociedade civil. Mas também por causa de iniciativas inovadoras, como Bolsa Escola e depois o Bolsa Família no Brasil. Essas iniciativas não só reduziram o número de crianças trabalhando propriamente, mas também criaram a confiança de que o Brasil, a América Latina, o mundo, os governos, a sociedade civil, podem, atuando ombro a ombro, em conjunto e com empenho e compromisso, efetivamente erradicar e reduzir a zero o trabalho escravo. Isso foi possível, neste País, indubitavelmente, graças às lideranças do presidente Lula e da presidenta Dilma".

O indiano disse estar muito impressionado com o interesse da presidenta Dilma acerca dos assuntos internacionais referentes à infância, como violências contra as crianças, analfabetismo, fome, pobreza e trabalho infantil. "Discutimos sobre como o crescente poder e o papel dos países em desenvolvimento, como aqueles agregadas sob o bloco dos Brics, podem efetivamente dar um exemplo a todo o mundo sobre como a agenda de combate ao infantil pode ser alavancada e beneficiar iniciativas afins."

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E enfatizou que a "boa nova" é que todas as principais questões relacionadas às crianças de todo o mundo estão agora incorporadas e refletidas nos novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS). "Assim, pela primeira vez na história, as questões relativas às crianças, tais como trabalho infantil, escravidão moderna, tráfico e violência contra as crianças, qualidade da educação e educação inclusiva para todas as crianças do mundo encontraram um espaço no âmbito dos atuais Objetivos do Desenvolvimento Sustentáveis", comemorou.

Satyarthi disse ainda que agora quer ver o Brasil à frente de uma iniciativa para que os países adotem uma abordagem holística, ampla e abrangente, de forma a traduzir essas políticas em iniciativas nos âmbitos nacionais e globais. Ele lembrou que, até o fim do ano 2000, o número de trabalhadores infantis em escala global vinha aumentando, chegando a um pico de 260 milhões, aproximadamente. Agora esse número caiu para 168 milhões de trabalhadores. Nesse mesmo período, o número de crianças fora da escola, que no ano 2000 somava cerca de 230 milhões, também caiu para 59 milhões em escala global.

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