'Ódio e intolerância explicam cerco a Lula'

Para o economista e ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser-Pereira, o ex-presidente Lula está sendo perseguido pelo "establishment" brasileiro para desmoralizá-lo, porque Lula "se manteve de esquerda, porque se manteve fiel à sua classe de origem não obstante o clássico processo de cooptação de que foi objeto"; em sua página no Facebook, Bresser criticou as manchetes da Folha e do Estado de S. Paulo desta sexta-feira 5 e apontou abusos na divulgação de "delações sem provas" e nas "prisões cautelares ou provisórias quando não havia razão para elas"; "E não é razoável o que se está fazendo com Lula. Só um clima de intolerância e de ódio pode explicar o cerco de que está sendo vítima"

Para o economista e ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser-Pereira, o ex-presidente Lula está sendo perseguido pelo "establishment" brasileiro para desmoralizá-lo, porque Lula "se manteve de esquerda, porque se manteve fiel à sua classe de origem não obstante o clássico processo de cooptação de que foi objeto"; em sua página no Facebook, Bresser criticou as manchetes da Folha e do Estado de S. Paulo desta sexta-feira 5 e apontou abusos na divulgação de "delações sem provas" e nas "prisões cautelares ou provisórias quando não havia razão para elas"; "E não é razoável o que se está fazendo com Lula. Só um clima de intolerância e de ódio pode explicar o cerco de que está sendo vítima"
Para o economista e ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser-Pereira, o ex-presidente Lula está sendo perseguido pelo "establishment" brasileiro para desmoralizá-lo, porque Lula "se manteve de esquerda, porque se manteve fiel à sua classe de origem não obstante o clássico processo de cooptação de que foi objeto"; em sua página no Facebook, Bresser criticou as manchetes da Folha e do Estado de S. Paulo desta sexta-feira 5 e apontou abusos na divulgação de "delações sem provas" e nas "prisões cautelares ou provisórias quando não havia razão para elas"; "E não é razoável o que se está fazendo com Lula. Só um clima de intolerância e de ódio pode explicar o cerco de que está sendo vítima" (Foto: Aquiles Lins)


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247 - O economista e ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser-Pereira publicou nesta sexta-feira, 5, uma crítica contundente ao que chamou de "cerco ao ex-presidente Lula". 

Para Bresser, o ex-presidente está sendo perseguido pelo "establishment" brasileiro para desmoralizá-lo, porque Lula "se manteve de esquerda, porque se manteve fiel à sua classe de origem não obstante o clássico processo de cooptação de que foi objeto", afirmou ele em sua página no Facebook.

O ex-ministro criticou as manchetes desta sexta da Folha e Estado de S. Paulo, que tentam ligar o ex-presidente a supostas irregularidades investigadas nas operação Lava Jato e Zelotes. "Houve e estão havendo abusos na divulgação de delações sem provas, houve abuso em prisões cautelares ou provisórias quando não havia razão para elas. E não é razoável o que se está fazendo com Lula. Só um clima de intolerância e de ódio pode explicar o cerco de que está sendo vítima", afirmou.

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Leia na íntegra o post de Bresser Pereira 

"O cerco a Lula

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Há meses que eu ouço frases como: "Quando vão chegar no Lula?", ou então, "Quando vão pegá-lo?". Porque, afinal, este é o objetivo maior do establishment brasileiro: atingir o maior líder popular do Brasil desde Getúlio Vargas. Não porque ele seja desonesto, mas porque ele se manteve de esquerda, porque se manteve fiel à sua classe de origem não obstante o clássico processo de cooptação de que foi objeto. Pois bem, o establishment chegou ao Lula. Não para incriminá-lo, mas para tentar desmoralizá-lo.

As duas manchetes de primeira página dos dois principais jornais de São Paulo de hoje são significativas. Na Folha leio que "Lula é investigado por suposta venda de MPs". Não há nada contra o ex-presidente na Operação Zelotes, a não ser a desconfiança de um delegado irresponsável. O que há nessa operação é o envolvimento de grandes empresas e de seus dirigentes em um escândalo de grandes proporções de pagamento de propinas para obterem MPs favoráveis. No Estado, por sua vez, a manchete é "Compra de sítio foi lavrada no escritório de compadre de Lula". Neste caso – o do uso por Lula e sua família de um sítio no qual construtoras se juntaram para realizar obras sem que houvesse pagamento – o caso é mais objetivo. Lula aceitou um presente que não deveria ter aceito.

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As contribuições de empresas a campanhas eleitorais (que até a decisão do Supremo eram legais) são afinal presentes. Mas é impressionante como empresas dão ou tentam dar presentes mesmo a políticos – presentes dos quais elas não esperam nada determinado em troca; fazem parte de suas relações públicas. Eu sempre me lembro de como tentaram reformar a piscina da casa do Ministro da Fazenda em Brasília quando ocupei esse cargo em 1987. Minha mulher os pôs para correr. Era o que devia ter feito Lula, que havia acabado de sair do governo. Não o fez, e isto foi um erro político. A reforma não aumentava seu patrimônio, apenas lhe proporcionava mais conforto. Ele não trocou o reforma do sítio por favores às duas construtoras. Não há nada sobre isto na investigação sobre o sítio.

O Estado brasileiro está revelando capacidade de se defender – de defender o patrimônio público – ao levar adiante as operações Lava Jato e Zelotes. Dirigentes de empresas, lobistas e políticos envolvidos estão sendo devidamente incriminados e processados. A instituição da delação premiada revelou-se um bom instrumento de moralização. Mas está havendo abusos. Houve e estão havendo abusos na divulgação de delações sem provas, houve abuso em prisões cautelares ou provisórias quando não havia razão para elas. E não é razoável o que se está fazendo com Lula. Só um clima de intolerância e de ódio pode explicar o cerco de que está sendo vítima."

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