Furtado: ‘Midiotas não explicam o crime de Lula’

"Nunca houve uma perseguição política contra um homem público como a que a direita e sua mídia estão fazendo agora contra Lula. O objetivo é só um: tentam enfraquecê-lo para a eleição de 2018 quando pretendem, pela quinta vez, retomar o poder que perderam em 2002", afirma em artigo o cineasta Jorge Furtado; para o diretor e roteirista gaúcho, a mídia familiar é protagonista de uma campanha de produção em massa de "midiotas", "leitores sem tempo para ir além dos telejornais e das manchetes da velha imprensa, que acreditam que Lula cometeu vários crimes, embora eles não saibam citar nenhum, se perguntados"; para Furtado, só em 2018 poderemos ver se a "midiotice" produziu o efeito esperado pela direita

"Nunca houve uma perseguição política contra um homem público como a que a direita e sua mídia estão fazendo agora contra Lula. O objetivo é só um: tentam enfraquecê-lo para a eleição de 2018 quando pretendem, pela quinta vez, retomar o poder que perderam em 2002", afirma em artigo o cineasta Jorge Furtado; para o diretor e roteirista gaúcho, a mídia familiar é protagonista de uma campanha de produção em massa de "midiotas", "leitores sem tempo para ir além dos telejornais e das manchetes da velha imprensa, que acreditam que Lula cometeu vários crimes, embora eles não saibam citar nenhum, se perguntados"; para Furtado, só em 2018 poderemos ver se a "midiotice" produziu o efeito esperado pela direita
"Nunca houve uma perseguição política contra um homem público como a que a direita e sua mídia estão fazendo agora contra Lula. O objetivo é só um: tentam enfraquecê-lo para a eleição de 2018 quando pretendem, pela quinta vez, retomar o poder que perderam em 2002", afirma em artigo o cineasta Jorge Furtado; para o diretor e roteirista gaúcho, a mídia familiar é protagonista de uma campanha de produção em massa de "midiotas", "leitores sem tempo para ir além dos telejornais e das manchetes da velha imprensa, que acreditam que Lula cometeu vários crimes, embora eles não saibam citar nenhum, se perguntados"; para Furtado, só em 2018 poderemos ver se a "midiotice" produziu o efeito esperado pela direita (Foto: Aquiles Lins)


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Por Jorge Furtado - Nunca houve uma perseguição política contra um homem público como a que a direita e sua mídia estão fazendo agora contra Lula. O objetivo é só um: tentam enfraquecê-lo para a eleição de 2018 quando pretendem, pela quinta vez, retomar o poder que perderam em 2002.

Getúlio e Jango, outros dois presidentes que desagradaram interesses da elite brasileira (aumentaram o salário mínimo, protegeram a Petrobras dos interesses americanos, etc.), sofreram perseguição semelhante em 1954 e 1964, mas na época os jornais, rádios e tevês falavam sozinho e foi mais fácil e rápido derrubar os presidentes democraticamente eleitos.

A resistência contra um golpe de estado hoje seria bem maior. O fato de Lula ser um sobrevivente do apartheid brasileiro, sem a vocação suicida de um fazendeiro rico e deprimido como Getúlio, e a memória da tragédia da ditadura militar que sucedeu Jango, sugerem que desta vez a direita terá que voltar ao poder pelo voto.

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Por isso a campanha midiática contra Lula é tão importante e de intensidade inédita. A notoriedade que hoje dão às decisões de um juiz medíocre de primeira instância em Curitiba e sua turma de policiais e procuradores tucanos é parte deste espetáculo grotesco, onde a imprensa de direita é, mais uma vez, a protagonista.

Aparentemente, a campanha está funcionando. Cresce o número de midiotas – leitores sem tempo para ir além dos telejornais e das manchetes da velha imprensa, onde pouco jornalismo sobrevive – que acreditam que Lula cometeu vários crimes, embora eles não saibam citar nenhum, se perguntados.

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Os midiotas também não sabem em quem pretendem votar, não tem projeto algum para o país, não são a favor de nada ou de ninguém, são apenas "contra o Lula" e "contra o PT".

Você não verá midiotas defendendo os políticos de oposição, até porque as opções são tão frágeis que eles sonham com a invenção de algum novo Collor, como Joaquim Barbosa, a tempo de enfrentar Lula ou algum candidato apoiado por ele – Ciro Gomes, por exemplo – antes de 2018.

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Esta lógica, votar em "qualquer coisa menos o PT", já produziu aberrações como Ivo Sartori, o desgovernador do Rio Grande do Sul. Se a midiotice tem poder suficiente para provocar estrago semelhante no país, descobriremos em 2018.

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