Defesa de Palocci questiona delações premiadas

Advogado José Roberto Batochio, que atua na defesa do ex-ministro Antonio Palocci, afirmou que o parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhado esta semana ao Supremo Tribunal Federal (STF) promove uma defesa "incondicional" do mecanismo de delação premiada apesar das menções feitas pelo lobista Fernando Soares, mais conhecido como baiano, e pelo doleiro Alberto Youssef, serem "comprovadamente artificial, contraditória e mendaz"; questionou; ainda segundo a defesa, Palocci teria virado alvo em função da "sua visibilidade e relevância no governo que querem derrubar, só por isso"

Antonio Pallocci 
Antonio Pallocci  (Foto: Paulo Emílio)


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247 - O advogado José Roberto Batochio, que atua na defesa do ex-ministro Antonio Palocci, afirmou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, promoveu uma defesa "incondicional" do mecanismo de delação premiada apesar das menções feitas pelo lobista Fernando Soares, mais conhecido como baiano, e pelo doleiro Alberto Youssef, serem "comprovadamente artificial, contraditória e mendaz".

"Poderia a Justiça, ao fundamento de a delação ser útil ferramenta investigatória, chancelar a mentira que ela comprovadamente encerra? Tal pragmatismo, que me parece se afastar dos mais caros valores morais, seria compatível com a seriedade e com os compromissos constitucionais do Judiciário? A mentira utilitária tem trânsito nas Cortes. Numa palavra: pode o Judiciário conviver com uma mentira provada e, sob qualquer fundamento, chancelá-la?", disse Batochio.

Nesta semana, Janot encaminhou um parecer ao STF onde afirmava que o ex-ministro tentava se desvincular das delações feitas por baiano e Youssef "uma vez que os seus conteúdos estão sendo averiguados e, com base também neles, a trama criminosa perpetrada passou a ter sentido lógico e coerente, sendo elementos cabais de culpabilidade de diversos agentes mencionados por esses investigados colaboradores".
"[A delação] possibilita o atingimento não só dos delinquentes de baixa colocação na estrutura organizacional mas, especialmente, daqueles que têm maior participação, verdadeiros chefes das associações", destacou Janot em outro trecho do documento.

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O ministro do STF Teori Zavascki já havia negado o cancelamento das delações, mas a defesa de Palocci recorreu alegando que os delatores mentiram ao citar o ex-ministro, uma vez que os depoimentos foram desmentidos por outras testemunhas.

Ainda segundo a defesa, Palocci teria virado alvo em função da "sua visibilidade e relevância no governo que querem derrubar, só por isso". Em outro ponto, o defensor destaca que as "falsas referências ao ex-ministro são flagrantemente instrumental inventado para servir de moeda de troca por liberdade ou impunidade dos seus autores".

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