Reforma da Previdência será “o estopim da chama que levará o povo às ruas”, diz CUT

Presidente da CUT, Vagner Freitas informou que a entidade vai procurar a “CTB, a Intersindical, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo e todas as entidades de esquerda” com o objetivo de chamar uma mobilização para a primeira quinzena de fevereiro; para o sindicalista, se o golpe contra Dilma Rousseff não for interrompido, tende a se aprofundar; “O que eles querem é vender o Brasil a preço de banana”

Presidente da CUT, Vagner Freitas informou que a entidade vai procurar a “CTB, a Intersindical, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo e todas as entidades de esquerda” com o objetivo de chamar uma mobilização para a primeira quinzena de fevereiro; para o sindicalista, se o golpe contra Dilma Rousseff não for interrompido, tende a se aprofundar; “O que eles querem é vender o Brasil a preço de banana”
Presidente da CUT, Vagner Freitas informou que a entidade vai procurar a “CTB, a Intersindical, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo e todas as entidades de esquerda” com o objetivo de chamar uma mobilização para a primeira quinzena de fevereiro; para o sindicalista, se o golpe contra Dilma Rousseff não for interrompido, tende a se aprofundar; “O que eles querem é vender o Brasil a preço de banana” (Foto: Leonardo Lucena)


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247 - O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, afirmou que a proposta de reforma da Previdência será “o estopim da chama que vai levar o povo para as ruas”. “É só dizer claramente: vão acabar com sua aposentadoria”, disse ele, no seminário “Em Defesa do Direito à Aposentadoria para Todos”, realizado em Brasília nessa sexta (27), por iniciativa da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar).

Segundo o dirigente, a CUT vai procurar a “CTB, a Intersindical, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo e todas as entidades de esquerda” para chamar uma mobilização que deve acontecer na primeira quinzena de fevereiro.  “A CUT não reconhece este governo e não negocia com ele. Não vamos discutir Previdência com este governo”, acrescentou.

Com a reforma, o governo Michel Temer pretende aumentar a idade mínima da aposentadoria de 53 para 65 anos, tanto para homens como para mulheres, e o tempo mínimo de contribuição aumenta de 15 para 25 anos. Conforme o cálculo do executivo, aos 65 anos e com 25 anos de contribuição, o valor do benefício será de 76% da média de todas as contribuições. Com 26 anos de contribuição, 77%. Com 27 anos, 78%. O percentual chega a 100% (aposentadoria integral) com 49 anos de contribuição.

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Vagner Freitas, trabalhador do Bradesco, fez um alerta à plateia. “Não haverá categoria bancária nos próximos anos se a gente não resistir”. De acordo com ele, a terceirização e as reformas pretendidas por Temer e sua corte, mais a privatização de patrimônios como a própria Caixa, extinguirão a figura do bancário e da bancária.

“Nossa elite é borra-botas da elite internacional. Não tem amor próprio”, complementou. O presidente da CUT destacou igualmente que o golpe, se não interrompido, tende a se aprofundar. “O que eles querem é vender o Brasil a preço de banana”.

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Promotores do seminário, a Fenae e a Anapar representam trabalhadores que possuem fundos de previdência complementar. Teoricamente, não há motivo para se preocuparem com a retirada de direitos do chamado regime geral da Previdência Pública, "pelo menos se levado em conta o discurso predominante na imprensa, que apregoa os fundos privados como panaceia para as futuras gerações", conforme texto publicado no site da CUT.

Mas até mesmo o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, criticou a reforma da previdência. “Como o nome já diz, é complementar. O restante da nossa aposentadoria depende da Previdência pública”, disse ele, trabalhador da Caixa Econômica Federal e ele próprio beneficiário do Fundação dos Economiários Federais (Funcef), terceiro maior fundo de pensão complementar do Brasil.

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“E mais importante é lembrar que a família de quem tem plano complementar, a comunidade ao redor e ele próprio dependem do sistema público”, continua. “Previdência é um instrumento amplo, que inclui atendimento médico, e todo mundo vai precisar dela em algum momento”.

Ferreira também afirmou que, em um cenário de desemprego crescente, diminui o número de contribuintes dos fundos de pensão, o que vai gerar rendimentos reduzidos para quem quiser se aposentar lá na frente. “Isso sem falar naqueles tantos que simplesmente não vão poder contribuir e não terão nada na idade avançada”, pondera.

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O jornalista Luis Nassif, a pesquisadora Denise Lobato Gentil e o advogado José Eymard, consultor jurídico da CUT, participaram do debate.

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