Maia manobra para aprovar reforma trabalhista sem votação em plenário

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assinou despacho técnico estabelecendo que o projeto tenha trâmite apenas na comissão especial, formada por 37 deputados; desta forma, se aprovada, a reforma seria encaminhada diretamente ao Senado, evitando as discussões em plenário; apesar disso, ele disse que o assunto será discutido em plenário; "Eu vou levar a plenário de qualquer jeito. A nossa decisão foi indeferir o pedido do PDT, em respeito à regra [do regimento], mas fazer um acordo político para votar a reforma no plenário", disse

Rodrigo Maia
Rodrigo Maia (Foto: Paulo Emílio)


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247 - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende fazer com a que a proposta de reforma trabalhista enviada à Casa Legislativa pelo governo Michel Temer seja aprovada apenas pela comissão especial que discute o assunto, sem a necessidade de votação em plenário.

Maia assinou um despacho técnico estabelecendo que o projeto tenha trâmite apenas na comissão especial, formada por apenas 37 dos 513 deputados. Desta forma, se aprovada a reforma trabalhista seria encaminhada diretamente ao Senado, evitando as discussões em plenário.

A chamada tramitação "enxuta", normalmente, acontece com projetos mais simples, que não são enquadrados em artigos do regimento interno que exigem votação em plenário. Em fevereiro, o Supremo Tribunal federal (STF) impediu que o Senado enviasse para a sanção presidencial um projeto que alterava as regras de telecomunicações que havia sido aprovado apenas pelas comissões, sem ter sido aprovado pelo plenário da Casa.

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Maia declarou que por meio do regimento interno não poderia revogar a tramitação "enxuta", uma vez que a área técnica informou que a reforma trabalhista não se encaixa nos processos que precisam de votação em plenário. Apesar disso, ele disse que o assunto será discutido em plenário.

"Eu vou levar a plenário de qualquer jeito. A nossa decisão foi indeferir o pedido do PDT, em respeito à regra [do regimento], mas fazer um acordo político para votar a reforma no plenário", disse à Folha de São Paulo. Maia é favorável à proposta do governo e, recentemente, declarou que a Justiça do Trabalho não deveria sequer existir.

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Em reação, o PT anunciou que irá recolher assinaturas contra a manobra regimental visando recorrer da decisão de Maia em plenário.

 

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