Depoimento de Lula foi adiado para a produção de delações, diz defesa

O adiamento do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato, de 3 para 10 de maio, próxima quarta-feira, ocorreu para que a acusação tivesse tempo para tentar produzir provas contra ele; a argumentação é do advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula; segundo ele, como as 73 testemunhas do processo inocentaram Lula, o Ministério Público precisou fabricar evidências contra Lula; coincidentemente, surgiram acusações recentes, como as das delações premiadas de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, e Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, que estão presos em Curitiba e teriam encontrado nas falas contra Lula o único caminho para sair da prisão; vídeo

Cristiano Zanin Martins
Cristiano Zanin Martins (Foto: Leonardo Attuch)


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247 – O adiamento do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato, de 3 para 10 de maio, próxima quarta-feira, ocorreu para que a acusação tivesse tempo para tentar produzir provas contra ele.

A argumentação é do advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula. Segundo ele, como as 73 testemunhas do processo inocentaram Lula, o Ministério Público precisou fabricar evidências contra Lula.

Coincidentemente, surgiram acusações recentes, como as das delações premiadas de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, e Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, que estão presos em Curitiba e teriam encontrado nas falas contra Lula o único caminho para sair da prisão.

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Leia, abaixo, nota da defesa de Lula:

O depoimento de hoje (5/5) do ex-diretor da área de serviços da Petrobras Renato Duque segue o padrão já identificado nas declarações dos novos candidatos a delatores que o antecederam, caso de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, e de seu subordinado Agenor Medeiros. Eles citam Lula, falam de encontros e de conversas com o ex-Presidente, mas não têm qualquer prova do que afirmam. Ao dizer que Lula tinha "pleno conhecimento de tudo, tinha o comando", Duque busca por em pé perante o Juízo da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba a falaciosa tese do procurador Deltan Dallagnol explorada no seu famoso power-point e que foi negada por 73 testemunhas já ouvidas sob o compromisso de dizer a verdade. Depoimentos cruzados - e certamente combinados - não substituem provas.

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Nos três casos, chama a atenção que os advogados dos réus tenham feito questionamentos não para defesa dos clientes, mas com o objetivo de envolver o nome de Lula, inclusive em processos em que ele sequer é parte - caso do depoimento de hoje. O ex-Presidente foi submetido a uma devassa com a quebra de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, além de buscas e apreensões em sua casa e na de seus familiares e nenhum ato ilegal foi identificado. Até mesmo pessoas referidas por Duque, como Pedro Barusco, quando ouvidas com o compromisso de dizer a verdade, negaram a participação de Lula.

Foram 24 audiências realizadas só na ação que trata do triplex do Guarujá e nenhuma prova foi produzida contra o ex-Presidente. Não pode ser coincidência que, nos últimos 15 dias, depois de anunciado o adiamento do depoimento de Lula, três pessoas que há muito tentam destravar uma delação para reduzir suas penas e até mesmo sair da cadeia - caso de Pinheiro e Duque - tenham resolvido falar, especialmente considerando que o processo de Duque já estava em fase de alegações finais. Merece repúdio que se aceite negociar futuras vantagens em troca de acusações frívolas, confirmando o caráter ilegítimo das denúncias contra Lula.

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