Coimbra: antipetistas de vela na mão
"A semana começou mal para os adversários de Lula e do PT", diz o sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, em referência à pesquisa publicada pelo Datafolha que aponta que "Lula segue fortíssimo nas pesquisas e a eleição caminha para um desfecho indesejado para a coalizão que derrubou Dilma"; para ele, é "difícil falar de um número tão claro de modo tão dissimulado" e "quem não gostar desse cenário que vá se acostumando. Enquanto isso, pode continuar acendendo velas para que um futuro Datafolha lhe traga boas-novas"
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247 - "A semana começou mal para os adversários de Lula e do PT", diz o sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, em referência à pesquisa publicada pelo Datafolha que aponta que "Lula segue fortíssimo nas pesquisas e a eleição caminha para um desfecho indesejado para a coalizão que derrubou Dilma".
"A nova pesquisa tem um só resultado relevante, que foi, no entanto, tão diluído pelo tratamento editorial a que foi submetido que quase passou despercebido", ressalta Coimbra por meio de um artigo publicado na Carta Capital.
Coimbra ressalta que, desde outubro de 2016, não houve uma única pesquisa que os contrários a Lula vissem "resultados que pudessem festejar. Todas foram unânimes ao apontar a liderança do PT e de Lula, preservada mesmo com a caçada e a prisão".
"Assim como na divulgação de pesquisas anteriores, também agora a Folha fez o possível para não chamar atenção para o dado relevante.
A manchete do domingo foi típica, destacando que a rejeição a Michel Temer "(...) salta para 82%". Como se houvesse novidade ou interesse na (im)popularidade do personagem", avalia.
"Para quem, como o jornal, raciocina com a hipótese de Lula não poder ser candidato, as respostas à pergunta que interessa só foram mostradas nas páginas internas, em texto tortuoso: "Apoio de Lula pode aumentar chances de candidato, segundo Datafolha"", observa.
"Em português claro e respeitando os números do levantamento, o que a pesquisa mostrou foi que 30% dos entrevistados "votariam com certeza" e 17% "poderiam votar" no candidato a presidente indicado por Lula, um total de 47% do eleitorado. Ou seja, que o apoio do ex-presidente quase certamente colocaria um nome no segundo turno da eleição (ou, quem sabe, a depender da performance na campanha, em condições de até vencer em um turno)", avalia.
Para ele, é "difícil falar de um número tão claro de modo tão dissimulado" e "quem não gostar desse cenário que vá se acostumando. Enquanto isso, pode continuar acendendo velas para que um futuro Datafolha lhe traga boas-novas", finaliza.
Veja a íntegra do artigo.
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