Dilma: Lula está preso porque a Justiça deixou de ser imparcial

A presidente deposta Dilma Rousseff, que está em Cuba para o Foro de São Paulo, evento com mais de 100 partidos e organizações de esquerda da América Latina, denunciou a perseguição judicial contra o ex-presidente Lula, preso há 100 dias, "está preso porque a Justiça brasileira deixou de ser imparcial"; Dilma afirmou que Lula pode "estancar" o golpe no Brasil e fazer o País a ter relações "não submissas aos EUA"

Dilma: Lula está preso porque a Justiça deixou de ser imparcial
Dilma: Lula está preso porque a Justiça deixou de ser imparcial (Foto: Stuckert)


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247 – A presidente deposta pelo golpe, Dilma Rousseff, denunciou a perseguição midiática-judicial contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Neste domingo (15), faz 100 dias que ele está preso. Dilma criticou "parte da Justiça, a mídia oligárquica, que defende os interesses do mercado, e os partidos golpistas".

"Hoje (15) faz 100 dias que Lula está preso, porque a Justiça brasileira deixou de ser imparcial. Passou, ao invés de absolver inocentes, condenar inocente como é Lula e a persegui-lo, porque no Brasil deram um golpe e Lula pode estancar este golpe e fazer o Brasil crescer, diminuir a desigualdade brutal e ao mesmo tempo ter relações internacionais altivas e não submissas aos EUA", afirmou Dilma, que foi a Cuba para 24º encontro anual do Foro de São Paulo, criado em 1990, o Foro de São Paulo é uma conferência que reúne mais de 100 partidos e organizações de esquerda e centro-esquerda da América Latina e do Caribe.

De acordo com a ex-presidente, "Lula está preso para não ser eleito presidente da República. Mesmo preso, a cada dia que passa, ele tem maior apoio e isso não eu quem digo. São todas as pesquisas. Forum de SP é um local fundamental desta construção de uma América Latina menos desigual. Os governos populares melhoraram esta situação". "No Brasil, Lula é a nossa esperança. Não iremos tirar Lula do processo eleitoral. A cada dia que passa lula se aproxima mais da urna".

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O ex-presidente foi condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP), com uma sentença questionada por vários juristas. Inclusive, no primeiro semestre deste ano, juristas de todo o Brasil divulgaram uma carta aberta, em cinco idiomas, criticando uso de normas processuais de “exceção” por setores do Sistema de Justiça no Brasil.

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"A deformação de um conjunto de processos contra a corrupção sistêmica no país é a consequência do 'aparelhamento' das medidas anticorrupção para fins de instrumentalização política por setores da direita e da extrema direita do Ministério Público, que hoje se arvoram purificadores da moral pública nacional", diz o documento (veja aqui). 

De acordo com a acusação do Ministério Público Federal (MPF), o ex-presidente receberia um apartamento reformada da OAS, mas, na apresentação da denúncia, o próprio MPF admitiu que não havia "prova cabal" de que Lula era o proprietário do imóvel. 

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Atualmente, Lula, mesmo preso, lidera as pesquisas eleitorais. O primeiro levantamento presidencial do Ibope do ano, contratada pela CNI e divulgada no final do mês passado, apontou o ex-presidente em primeiro lugar com 33% dos votos, mais que o dobro do segundo colocado, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), com 15%, seguido pela ex-senadora Marina Silva, da Rede (7%).

Outro levantamento, do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado n dia 8 de maio, apontou que, para 66% dos brasileiros, o Brasil "permaneceu igual" depois da prisão de Lula; e para 22,3%, o País "piorou". Somente 9% acreditam que o Brasil melhorou depois que Lula foi detido. A pesquisa foi feita com 2.002 eleitores em 154 municípios de 26 Estados e Distrito Federal entre os dias 27 de abril e 2 de maio (confira aqui).

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