Brasil requer no momento um educador, não um capitão, diz diplomata
O diplomata brasileiro Thomaz Napoleão, aprovado em primeiro lugar no concurso do Instituto Rio Branco em 2009, explicou em texto que viraliza nas redes sociais por que votará no candidato da frente democrática a presidente, Fernando Haddad (PT); "Em suma, o Brasil requer neste momento um educador, não um capitão. Um líder que saiba conciliar e instruir, não apenas vigiar e punir", diz ele
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247 -O diplomata brasileiro Thomaz Napoleão, aprovado em primeiro lugar no concurso do Instituto Rio Branco em 2009, explicou em texto que viraliza nas redes sociais por que votará no candidato da frente democrática a presidente, Fernando Haddad (PT). "O Brasil requer neste momento um educador, não um capitão. Um líder que saiba conciliar e instruir, não apenas vigiar e punir", diz ele.
Para Napoleão, nenhum dos grandes problemas brasileiros – da baixa produtividade econômica à crise da segurança pública, passando pela corrupção endêmica, pela violência contra minorias, pela desigualdade de gênero e pela atrofia do sistema político – poderá ser resolvido sem o fortalecimento da educação universal e de qualidade.
Em nota enviada ao 247, diplomata informa que "o texto abaixo é estritamente pessoal e não representa as posições do órgão público em que trabalho ou do governo brasileiro."
Leia, abaixo o texto na íntegra:
Muita saliva já foi gasta para falar sobre o outro candidato e o ideário político que ele representa.
Quero mudar a narrativa e explicar objetivamente porque votarei em Fernando Haddad no segundo turno.
Haddad tem compromisso com a responsabilidade fiscal. Como prefeito de São Paulo, organizou as contas do município e reduziu acentuadamente sua dívida, mesmo que isso implicasse decisões impopulares ou difíceis. Com isso, a cidade passou a deter o grau de investimento. Haddad tem também – e é importante salientar isso, porque pouca gente sabe – grande conhecimento técnico de política econômica. Foi analista de investimentos de um dos principais bancos privados brasileiros, subsecretário de finanças de SP e assessor do Ministério do Planejamento.
Haddad não é poste de ninguém. É um gestor público experiente, que está há mais de 30 anos fazendo política de maneira competente e discreta. Administrou nossa maior cidade com excelência e foi internacionalmente reconhecido por isso. Em sua longa gestão como Ministro da Educação, que tive a oportunidade de acompanhar de perto, Haddad abriu escolas em todos os cantos do Brasil, multiplicou bolsas de estudo, revalorizou o ensino profissionalizante, elevou o salário dos professores, investiu em pesquisa e facilitou exponencialmente o acesso às universidades.
E aqui chegamos ao argumento central. Haddad é o nome ideal para enfrentar nosso desafio mais importante, aquele que está na raiz de todos os outros: a educação.
Nenhum dos grandes problemas brasileiros – da baixa produtividade econômica à crise da segurança pública, passando pela corrupção endêmica, pela violência contra minorias, pela desigualdade de gênero e pela atrofia do sistema político – poderá ser resolvido sem o fortalecimento da educação universal e de qualidade, capaz de estimular a tolerância, o espírito de cidadania e o discernimento intelectual e ético de todos os brasileiros.
Em suma, o Brasil requer neste momento um educador, não um capitão. Um líder que saiba conciliar e instruir, não apenas vigiar e punir.
Alguém capaz de compreender profundamente nossas dificuldades e planejar soluções de longo prazo.
Alguém com o perfil e a experiência de Fernando Haddad.
Claro, o PT tem esqueletos no armário, todos sabemos disso. Mas Haddad não está entre deles. É um gestor honesto e equilibrado. Um social-democrata convicto que, caso eleito, poderá construir uma ampla base de alianças e governar o Brasil com maturidade e moderação. Por isso terá meu voto.
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