Aécio criminalizou doações ao PT, mas após ser alvo da PF diz que ação é desserviço

Em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (10, no Senado, o tucano Aécio Neves (PSDB-MG) disse que "criminalizar" as doações eleitorais, que, em 2014, eram permitidas pela legislação eleitoral, é um desserviço à Justiça; o senador foi alvo da operação Ross, da Polícia Federal, com mandados de busca e apreensão em suas residências no Rio de Janeiro e em Minas.

Aécio criminalizou doações ao PT, mas após ser alvo da PF diz que ação é desserviço
Aécio criminalizou doações ao PT, mas após ser alvo da PF diz que ação é desserviço (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)


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247 - Responsável pela articulação do golpe de 2016 e pela campanha que insuflou a criminalização da política, principalmente contra o PT, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) concedeu coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (11) para falar da operação Ross, da Polícia Federal, do qual foi alvo de mandados de busca e apreensão. Segundo ele, "criminalizar" as doações eleitorais, que, em 2014, eram permitidas pela legislação eleitoral, é um desserviço à Justiça.

Em 2014, no entanto, o tucano surfou na operação Lava Jato para criminalizar as doações feitas ao PT, que foram devidamente registradas na Justiça Eleitoral e aprovadas pelo mesmo órgão. Com esse discurso, Aécio insuflou os atos pelo impeachment da presidenta legitimamente eleita Dilma Rousseff.

Com a autorização do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal e o Ministério Público Federal cumpriram mandados expedidos em imóveis de Aécio e da irmã dele, a jornalista Andréa Neves, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

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Aécio negou que tenha recebido propina do grupo J&F na campanha presidencial de 2014 e acusou os delatores Joesley e Wesley Batista de estarem mentindo para tentar obter benefícios com a Justiça.

"A verdade é que não podemos mais aceitar que delações de criminosos confessos e suas versões se sobreponham aos fatos. O fato concreto é um só. O que estamos tratando neste inquérito? Doações eleitorais feitas em 2014 de forma legal, registradas na Justiça Eleitoral, aprovadas por essa mesma Justiça Eleitoral sem absolutamente qualquer contrapartida", afirmou Aécio.

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Vale lembrar que o senador foi flagrado em conversa telefônica com Joesley Batista, pedindo R$ 2 milhões ao empresário. O dinheiro foi entregue em uma mala para um primo de Aécio, Frederico Pacheco.

Segundo os delatores da J&F, Aécio comprou apoio político na corrida presidencial de 2014 com dinheiro do grupo empresarial dono do frigorífico JBS. O senador tucano teria recebido quase R$ 110 milhões por meio de propina na eleição em que foi derrotado pela presidenta Dilma.

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