Dias Toffoli discorda de Moro sobre regular lobby: acho antidemocrático

"Sou contra, acho antidemocrático, você vai ter que contratar alguém. Um dos graves problemas do Brasil é que se gasta mais na atividade meio do que a atividade fim, e isso a sociedade não aguenta mais", afirmou o ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, divergindo da proposta do futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, sobre a regulamentação do lobby no Brasil; Moro defendeu esta semana que a regulamentação é melhor para que as operações não sejam às escondidas

Dias Toffoli discorda de Moro sobre regular lobby: acho antidemocrático
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247 - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Dias Toffoli, discordou da proposta do futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, sobre a regulamentação do lobby no Brasil. enquanto Moro afirma que a regulamentação é melhor para que as operações não sejam às escondidas, Toffoli diz que a proposta é um risco, podendo virar caixa 2.

"Sou contra, acho antidemocrático, você vai ter que contratar alguém. Um dos graves problemas do Brasil é que se gasta mais na atividade meio do que a atividade fim, e isso a sociedade não aguenta mais", afirmou o ministro.

Autodenominado como paladino do combate à corrupção, Moro defendeu a proposta como forma de criar mecanismo para regulamentar a função dos chamados "lobistas" e impedir esquemas de propinas e vantagens. Já o ministro Toffoli disse temer que a burocratização da relação entre o público e o privado favoreça a corrupção.

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"Todo cidadão tem direito a se relacionar com o Estado, mas eu tenho preocupação que o regulamento do lobby vire um caixa 2 no futuro, que se tenha que contratar um lobista para poder resolver as coisas, como acontece hoje no Detran", opinou Toffoli, durante evento promovido pelo jornal O Globo. "Vamos ter que criar despachantes para a nação inteira?", questionou.

Fazendo uma análise política, Toffoli afirmou que o os três Poderes ainda não se deram conta de que a povo quer rapidez nas suas demandas, e que se isso não for entendido "o povo deve voltar às ruas, como fez em 2013".

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Ele também defendeu que o Judiciário deve ter um papel menos protagonista na condução das políticas do País, mas disse que isso não pode representar omissão. "Quando falo que temos que nos recolher, não é que vamos deixar de exercer a arbitragem de conflitos. Não vamos deixar no desamparo, vamos defender esse direito, vamos garantir a segurança judiciária e a liberdade de imprensa", afirmou.

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