Bolsonaro incentiva comemoração de aniversário do golpe de 64, no próximo dia 31

Ímpeto autoritário de Bolsonaro, que celebra a tortura, deve retomar as comemorações do "aniversário do golpe" em 31 de março; Planalto e generais tentam minimizar desgaste

Bolsonaro incentiva comemoração de aniversário do golpe de 64, no próximo dia 31
Bolsonaro incentiva comemoração de aniversário do golpe de 64, no próximo dia 31 (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)


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Revista Fórum - Fã do torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, o presidente Jair Bolsonaro (PSC), segundo apuração de Tânia Monteiro, para o Estado de S. Paulo, orientou que os quartéis comemorem o "aniversário" do golpe civil-militar de 1964 no dia 31 de março – "data histórica" atribuída pela narrativa militar, que marca a derrubada do presidente João Goulart e o início da ditadura que só chegou ao fim em 1985.

Em 2011, Dilma Rousseff (PT), presa e torturada pelo regime, recomendou ao comando das Forças Armadas a suspensão de qualquer solenidade que marcasse o dia.

A retomada das celebrações do golpe oito ano depois e o ímpeto autoritário de Bolsonaro geraram reações até mesmo de generais da reserva.

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O receio é de que o reforço da associação da imagem do presidente à exaltação da ditadura militar seja mais um fator desfavorável às discussões em torno da Reforma da Previdência.

Ao declarar seu voto em favor da cassação de Dilma, em 2016, Bolsonaro o dedicou ao mais notório dos torturadores do regime: "Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff", disse, na ocasião.

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Para suavizar o novo episódio de exaltação à ditadura, o Planalto pretende uniformizar o tom das celebrações, as "lições aprendidas" no período, mas sem qualquer autocrítica aos militares que governaram durante 21 anos, marcados pela morte e tortura de executores.

O texto deve ainda comemorar o protagonismo retomada pelas Forçar Armadas no governo Bolsonaro, que reúne o maior número de militares nos ministérios desde o fim da ditadura.

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