Chanceler ataca interesses econômicos do Brasil e defende ‘diplomacia moral'

Para justificar sua submissão aos interesses econômicos dos EUA, o chanceler Ernesto Araújo decidiu lançar uma nova teoria ao afirmar que a política externa brasileira é sustentada por valores morais; para Araújo, mais importante que o pragmatismo ou a defesa dos interesses nacionais são os "valores e julgamentos morais", disse; 'valores morais' em alinhamento com a política externa dos EUA defendidos pelo ministro já levaram a retaliações e perdas comerciais com os países árabes e também com a China, grandes importadores de carne de aves, soja e minérios do Brasil

Chanceler ataca interesses econômicos do Brasil e defende ‘diplomacia moral'
Chanceler ataca interesses econômicos do Brasil e defende ‘diplomacia moral' (Foto: Reuters)


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Agência Brasil - O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse hoje (27), em Brasília, que a política externa brasileira é sustentada na defesa da democracia e da liberdade.

Segundo ele, as ações do governo brasileiro se baseiam em valores e julgamentos morais, não em ideologia.

Reiterou que a alternativa para o fim da crise na Venezuela é promover eleições democráticas no país, apoiou a criação do fórum do Prosul em substituição à Unasul e as negociações com os Estados Unidos.

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Araújo participa de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores na Câmara, presidida pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), na qual há 41 parlamentares inscritos para encaminhar perguntas. Na abertura da sessão, o chanceler destacou que a política externa brasileira encerra o período da "não indiferença".

"A não indiferença é a faculdade de agir no mundo, baseada em valores e julgamentos morais, não simplesmente em interesses materiais", afirmou o ministro. "Temos a convicção da grandeza do Brasil. Por muito tempo não tivemos essa convicção," disse.

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Princípios
O ministro das Relações Exteriores afirmou que o Brasil, como país democrático, "tem o interesse e o dever de promover a democracia na sua região e ao redor do mundo". Destacou que "democracia não é ideologia" e negou que a parceria sul-americana, recentemente reiterada, seja uma proposta da direita.

O chanceler reiterou que a criação do Prosul, nova comunidade de países latino-americanos que deverá substituir a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), em cerimônia em Santiago, no Chile, demonstra o empenho de vários países da região.

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"O Prosul se [sustenta em] pilares de integração econômica e no respeito ao Estado de Direito. Houve uma certa tentativa de colocar esse projeto como se fosse de direita, como se a esquerda tivesse dúvidas sobre a democracia", destacou.

Diagnóstico
Às vésperas da viagem do presidente Jair Bolsonaro a Israel, Araújo defendeu a parceria com os israelenses. Segundo ele, as resistências à aproximação com Israel devem-se ao "ambiente de rivalidade" que representam uma "visão ultrapassada. "Falta o diagnóstico certo", ressaltou.

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Em relação à Venezuela, Araújo reiterou a preocupação com o regime do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Segundo ele, o caminho é o das eleições democráticas no país. Segundo disse, se o vitorioso for um candidato de esquerda, ótimo, terá apoio do Brasil.

"O regime Maduro só tem uma prioridade: reprimir seu povo", destacou. "O regime Maduro alberga organizações criminosas de toda sorte", acrescentou. A crise na Venezuela atinge vários setores como a política, a economia e a área social. Nos últimos meses, intensificou-se a migração venezuelana em direção a outros países.

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Araújo reiterou apoio a Juan Guaidó, autodeclarado presidente da Venezuela, considerado líder legítimo do país.

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