Dados desmentem MEC: ciências humanas tiveram crescimento acima da média

De acordo com levantamento, publicações da área de humanidades tiveram crescimento acima da média e ajudaram a deixar o Brasil entre os 15 maiores produtores de conhecimento no mundo

Dados desmentem MEC: ciências humanas tiveram crescimento acima da média
Dados desmentem MEC: ciências humanas tiveram crescimento acima da média (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)


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247 - Diferentemente do que afirma o ministro da Educação, Abraham Weintraub, para justificar corte de verbas e modificação da grade curricular de estudantes, as ciências humanas levam Brasil à elite da produção científica.

O governo Jair Bolsonaro, no entanto, compara a produção acadêmica de diferentes áreas para dizer que as ciências humanas "não produzem conteúdo relevante" no Brasil. Milhares de estudantes, professores e trabalhadores foram às ruas contra as medidas.

Mas de acordo com levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo, com base em dados da Web of Science, a mesma utilizada nos cálculos de produção científica do RUF (Ranking Universitário Folha), publicações da área de humanidades tiveram crescimento acima da média e ajudaram a deixar o Brasil entre os 15 maiores produtores de conhecimento no mundo.

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A informação contradiz o discurso de Weintraub, endossado pelo presidente Jair Bolsonaro, que tem comparado a quantidade de recursos públicos, a produção científica e a relevância dessa produção entre áreas do conhecimento completamente diferentes. Segundo ele, haveria uma suposta improdutividade e uma inutilidade das ciências humanas brasileiras e áreas correlatas em comparação, por exemplo, às ciências exatas.

Os números levantados pela Folha, no entanto, mostram que os cientistas brasileiros aumentaram a produção de ciência publicada em periódicos científicos, em todas as áreas do conhecimento, em média, 67,3% no período de 2008 a 2017 —o que colocou o Brasil entre os 15 maiores produtores de ciência do mundo.

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As ciências sociais aplicadas, as humanidades e a linguística cresceram mais aceleradamente —respectivamente, 77%, 123,5% e 106% no mesmo período. Para se ter uma ideia, o número de artigos acadêmicos em ciências agrárias do país cresceu 51,6% no mesmo período —abaixo da média nacional.

 

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