Gurgel aprova ‘fatiamento’ no STF para Peluso votar

Procurador-geral da República elogia votação dividida em blocos na Ação Penal 470, pois permite que o ministro Cezar Peluso participe do julgamento de ao menos alguns réus; caso contrário, "estaríamos desperdiçando o conhecimento que ele tem dos autos", defende

Gurgel aprova ‘fatiamento’ no STF para Peluso votar
Gurgel aprova ‘fatiamento’ no STF para Peluso votar (Foto: Divulgação/STF)


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247 – O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, avaliou nesta terça-feira 21 como positivo o formato do "fatiamento" do voto na Ação Penal 470, o chamado mensalão. A divisão foi escolhida definitivamente na sessão de ontem pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, após a defesa apresentar uma petição que ia contra a ideia, proposta pelo relator, Joaquim Barbosa. Segundo Gurgel, a divisão por blocos permite que o ministro Cezar Peluso, que se aposenta do STF no dia 3 de setembro, participe do julgamento de ao menos alguns réus. Caso o voto fosse feito por inteiro, dificilmente Peluso ainda estaria no Supremo quando chegasse a vez dele.

"Eu acho que o ideal seria que o ministro Peluso pudesse votar em tudo. Mas se isso for impossível, é melhor que ele vote em alguma coisa do que não vote em nada, porque nós estaríamos desperdiçando o conhecimento que ele tem dos autos", disse Gurgel, segundo o jornal O Globo. O chefe do Ministério Público acresentou que Joaquim Barbosa, ao escolher o método do voto segmentado, tornou a votação "mais facilmente compreensível". Gurgel também elogiou o voto do relator, que segue os pedidos de condenção feitos por ele próprio antes da exposição das defesas dos 37 réus.

Sobre as críticas feitos pelos advogados de alguns réus de que a PGR estaria sendo privilegiada pelo STF, em detrimento da defesa, Gurgel rebateu dizendo que isso lhe parece "falta absoluta de assunto". "O relacionamento do procurador-geral da República no Supremo Tribunal Federal caminha para 200 anos. Então me parece que pretender rever isso a partir do julgamento de um caso é no mínimo curioso", ironizou o procurador.

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