Mensalão é a esperança de Merval por Serra

Fernando Haddad larga na frente nas simulações de segundo turno contra José Serra em São Paulo, mas a guerra será acirrada e a estratégia foi antecipada pelo colunista Merval Pereira, da Globo, que falou da conexão entre a possível condenação de José Dirceu na próxima terça-feira e o resultado final da disputa na maior metrópole do País 

Mensalão é a esperança de Merval por Serra
Mensalão é a esperança de Merval por Serra (Foto: Edição/247)


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247 – Com a definição do segundo turno em São Paulo entre José Serra, do PSDB, e Fernando Haddad, do PT, uma coisa é certa: nada será capaz de deter o engajamento de grandes veículos de comunicação e de seus colunistas para tentar vincular o julgamento da Ação Penal 470 ao resultado da disputa na maior metrópole do País. A estratégia foi antecipada pelo colunista Merval Pereira, da Globonews, há poucos instantes. “Um ponto determinante em São Paulo pode ser o julgamento do mensalão e na próxima terça-feira deve acontecer a provável condenação de José Dirceu e José Genoino, duas lideranças importantes do PT”, disse ele.

Até agora, no entanto, o resultado das eleições municipais para o PT foi extremamente positivo, apesar do massacre midiático ao qual o partido foi submetido. Fernando Haddad larga na frente em São Paulo (tem 45% contra 39% de José Serra nas simulações de segundo turno do Datafolha), assim como Nelson Pelegrino, em Salvador, Luciano Cartaxo, em João Pessoa, e Elmano de Freitas, em Fortaleza. O partido também elegeu Paulo Garcia, no primeiro turno, em Goiânia, e conquistou cidades médias importantes, como Uberlândia (MG), com Gilmar Machado, e Maringá (PR), com Enio Verri.

Nada, no entanto, é tão relevante quanto a disputa em  São Paulo, onde a conquista da prefeitura, pelo PT, enfraqueceria brutalmente a máquina política alternativa que existe no País, comandada pelo PSDB. Uma máquina poderosa, rica e com influência clara nos grandes meios de comunicação. Na transmissão ao vivo pela Globonews,  era nítida a má vontade da equipe comandada por Merval em relação ao PT. O desejo de enfatizar derrotas do partido, como as de Recife e Belo Horizonte, gerou gafes desnecessárias, como a análise sobre Curitiba. Durante boa parte da transmissão, os jornalistas da Globonews falaram sobre a derrota de Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo, casal paranaense que apoiou Gustavo Fruet, sem se dar conte de que o pedetista passava para o segundo turno.

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Em relação a Haddad, a Globonews só recoheceu o segundo turno às 20h11 quando o cenário já era claro desde a boca de urna, às 17h. Ao introduzir o mensalão, Merval foi até interrompido por Renata Lo Preto, que o lembrou de um detalhe importante: o efeito do julgamento na urna não foi exatamente aquele previsto pelos colunistas de corte mais conservador.

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